Tunísia sublinha necessidade de aprofundar sua política externa africana
Túnis, Tunísia (PANA) - O Presidente tunisino, Kais Saied, salientou no domingo, a necessidade, para a Tunísia, de aprofundar mais a sua política externa africana.
Durante a sua participação, por videoconferência. na Cimeira Extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), Kais Saied insistiu na importância de "difundir a cultura de paz e segurança no nosso continente africano, que sofreu muito de detonações de armas."
A seu ver, chegou o momento de silenciar armas em todas as regiões de África e de libertar o potencial de todos os países africanos.
O estadista tunisino, cujo vídeo de discurso está publicado no site oficial da presidência tunisina, considerou "essencial" demonstrar-se realismo e sabedoria para se pôr fim aos sofrimentos dos povos do continente africano, que se vêm alastrando há mais de 60 anos e resolver todas as questões urgentes.
Sublinhou a importância da paz duradoura e da boa governação, expressando a sua convição de que "o nosso continente é capaz de defender os seus próprios interesses estratégicos e prioridades políticas, em relação ao desenvolvimento e à segurança."
Para o efeito, apelou à mobilização de capacidades para os implementar e encontrar soluções eficazes para os problemas atualmente pendentes.
O Presidente tunisino apelou à comunidade internacional para dar maior consideração à África no contexto dos processos de cooperação internacional, uma vez que, frisou, esta enfrenta desafios a vários níveis.
Sublinhou, a propósito, que a realização, na Tunísia, da 8.ª edição da Conferência Internacional de Tóquio (Japão) sobre o Desenvolvimento Africano será uma plataforma importante para a mobilização do apoio internacional aos países africanos.
Indicou que a Tunísia continuará a apoiar iniciativas para reforçar a cooperação económica entre os países africanos.
"Estamos profundamente convencidos de que a segurança da África depende da necessidade de se dar prioridade às soluções políticas para disputas, com sabedoria, para pormos fim ao sofrimento do nosso povo que se vem alastrando há muitos anos", lamentou.
No seu entender, isto exige "a consagração da democracia e da boa governação, bem como a abordagem das causas profundas dos conflitos."
Finalmente, apelou aos chefes de Estado africanos para uma maior cooperação a fim de realizarem as aspirações dos povos africanos à paz, à segurança e ao bem-estar.
-0- PANA YY/IN/JSG/DIM/DD 07dezembro 2020