Agência Panafricana de Notícias

Sudão oposto ao corredor de segurança para ajuda humanitária no sul do seu território

Cartum, Sudão (PANA) – O Sudão rejeitou firmemente um apelo de Americanos para a criação dum corredor de segurança a fim de canalizar ajuda humanitária para zonas controladas pelo Exército de Libertação do Povo do Sudão (APLS, rebelião armada) no Sul Kordofan (sul) e na região do Nilo Azul, no norte.

O Governo sudanês indica que uma tal ação não será tolerada sem a plena participação da Comissão de Ajuda de Emergência do Sudão e de outras organizações nacionais afins, indica um comunicado divulgado pelo comissário geral do Governo, Suleiman Adul Rahaman.

A Comissão duvida das informações contidas no comunicado da embaixadora dos Estados Unidos junto da Organização das Nações Unidas (ONU), Susan Rice, sobre a situação humanitária nas zonas controladas pelos rebeldes do APLS.

Ela avisou da repetição da operação vital que finalmente levou à secessão do Sudão.

Segundo o Governo sudanês, a ajuda que se pretende dar tem como objetivo enraizar as forças ocidentais na região do sul.

"A distribuição de ajuda aos indigentes do sul só foi um pretexto para os incitar à secessão", disse o comunicado aludindo ao processo que conduziu à independência do Sudão Sul.

O comissário sudanês exortou os Estados Unidos a trabalharem para pôr um termo às hostilidades nestas regiões para que a ajuda humanitária possa beneficiar às pessoas que, segundo eles, precisam urgentemente dos socorros.

De acordo com relatórios anedoticamente atribuídos às Nações Unidas, mais de 500 mil pessoas estão atualmente deslocadas ou gravemente afetadas pelos combates no Sul Kordofan e no Nilo Azul onde os rebeldes Nuba, outrora aliados dos dirigentes do Sudão-Sul, pegaram armas contra o Exército sudanês.

-0- PANA MO/MA/ASA/AAS/SOC/CJB/DD 21jan2012