Somália convoca sua embaixadora na Suíça
Genebra, Suíça (PANA) – O Governo somalí instruiu a sua embaixadora em Genebra, na Suíça, Fatima Abdallah Mahmoud, a regressar à Somália, dentro de uma semana o mais tardar, anuncia um comunicado oficial.
A nota assinada pelo ministro somalí dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional, Ahme Isse Awad, não avança as razões da convocação da embaixadora.
Alguns observadores referem, no entanto, que a decisão do Governo somalí coincide com a recusa da Somália de votar uma resolução contra a ocupação por Israel do Golan sírio, o que surpreendeu e indignou vários países árabes e islâmicos.
Trata-se de uma posição que contraria a oposição árabe contra a anexação daquela parte da Síria e a decisão norte-americana neste sentido, expressa esta semana, pelo Presidente Donald Trump.
O Conselho dos Direitos Humanos da ONU adotou, no último dia da sua 40ª sessão realizada, em Genebra, um projeto de resolução apresentado pelo Paquistão contra a ocupação do Golan por Israel e exigindo o respeito por todas as resoluções das Nações Unidas.
A resolução foi votada por 26 países-membros do Conselho dos Direitos Humanos, enquanto 16 outros se opuseram e cinco outros se abstiveram.
Os países abstinentes, além da Somália, são a RD Congo, os Camarões, as ilhas Fidji e o Rwanda.
Os países que votaram a favor da resolução são a Árabia Saudita, o Qatar, o Barém, o Egito, a Tunísia, o Iraque, o Afeganistão, Angola, a Argentina, as Bahamas, o Bangladeche, o Burkina Faso, a China, o Chile, Cuba, a Nigéria, o Paquistão, o Peru, as Filipinas, a Eritreia, a Índia, o México, o Nepal, a África do Sul, o Uruguai e o Senegal.
A posição da Somália foi acolhida com uma forte indignação nos meios populares, da sociedade civil e nas redes sociais.
-0- PANA YY/IN/IS/SOC/FK/IZ 24março2019