PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Sociólogo alemão explica razões da revolta de jovens na Guiné
Conakry, Guiné (PANA) - Um sociólogo alemão revelou sábado durante uma conferência de imprensa em Conakry que um sentimento de abandono e de marginalização criado pelo Estado estaria entre as causas profundas das revoltas reiteradas dos jovens nas ruas da capital guineense.
Joschka Philipps, que acaba de defender uma tese numa universidade suíça, intitulada "Grupos de Jovens e Revoltas Urbanas na Guiné", assegurou que os fatores étnicos e de pobreza não são as causas reais das fortes saídas dos jovens à rua, nomeadamente durante manifestações e outras marchas organizadas pelos partidos da oposição.
O pesquisador alemão, que fez editar o seu estudo pela "Harmattan Guinée", relata revoltas e confrontos entre as forças de segurança e os jovens do eixo Hamdallaye-Cimenterie, na zona suburbana alta e bastião da oposição, durante as manifestações de protestos que ocorrem no país desde a greve geral de 2007 durante a qual as forças da ordem mataram mais de 30 manifestantes.
Sublinhou ter sido ajudado por um "batedor" que lhe permitiu infiltrar-se nos grupos de jovens no eixo da revolta e da contestação.
"Os jovens desta localidade, influenciados pelas tendências culturais estrangeiras, aproveitam os confrontos políticos para exprimir o seu descontentamento em relação à falta de empregos e de infraestruturas sociais de base que eles enfrentam no diário", revela o autor.
Segundo ele, alguns líderes políticos, não identificados, servem-se desta frustração para encorajar os grupos de jovens a sair à rua.
Conhecidos sob a denominação de «Ghetto Youths», estes jovens, explica o pesquisador, estão organizados de modo que alguns operam tão bem na organização das atividades culturais e desportivas, enquanto outros clãs que se reconhecem na expressão da violência e da superioridade estão presentes nos bairros.
Centenas de jovens foram mortos pelas forças da ordem nos últimos anos durante manifestações sob os regimes do defunto Presidente Lansana Conté, da junta militar de 2008 a2010 e do atual Presidente democraticamente eleito, Alpha Condé.
-0- PANA AC/AAS/SOC/MAR/IZ 24nov2013
Joschka Philipps, que acaba de defender uma tese numa universidade suíça, intitulada "Grupos de Jovens e Revoltas Urbanas na Guiné", assegurou que os fatores étnicos e de pobreza não são as causas reais das fortes saídas dos jovens à rua, nomeadamente durante manifestações e outras marchas organizadas pelos partidos da oposição.
O pesquisador alemão, que fez editar o seu estudo pela "Harmattan Guinée", relata revoltas e confrontos entre as forças de segurança e os jovens do eixo Hamdallaye-Cimenterie, na zona suburbana alta e bastião da oposição, durante as manifestações de protestos que ocorrem no país desde a greve geral de 2007 durante a qual as forças da ordem mataram mais de 30 manifestantes.
Sublinhou ter sido ajudado por um "batedor" que lhe permitiu infiltrar-se nos grupos de jovens no eixo da revolta e da contestação.
"Os jovens desta localidade, influenciados pelas tendências culturais estrangeiras, aproveitam os confrontos políticos para exprimir o seu descontentamento em relação à falta de empregos e de infraestruturas sociais de base que eles enfrentam no diário", revela o autor.
Segundo ele, alguns líderes políticos, não identificados, servem-se desta frustração para encorajar os grupos de jovens a sair à rua.
Conhecidos sob a denominação de «Ghetto Youths», estes jovens, explica o pesquisador, estão organizados de modo que alguns operam tão bem na organização das atividades culturais e desportivas, enquanto outros clãs que se reconhecem na expressão da violência e da superioridade estão presentes nos bairros.
Centenas de jovens foram mortos pelas forças da ordem nos últimos anos durante manifestações sob os regimes do defunto Presidente Lansana Conté, da junta militar de 2008 a2010 e do atual Presidente democraticamente eleito, Alpha Condé.
-0- PANA AC/AAS/SOC/MAR/IZ 24nov2013