PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Polícia Judiciária cabo-verdiana inicia greve de dois dias
Praia, Cabo Verde (PANA) - Os funcionários e agentes da Polícia Judiciária de Cabo Verde (PJ) decidiram iniciar uma greve de dois dias a partir desta quarta-feira depois do fracasso das negociações entre os sindicatos e o Governo, soube a PANA na cidade da Praia de fonte sindical.
De acordo com a Associação dos Profissionais da Investigação Criminal (APIC) da PJ, estrutura sindical representativa dos agentes, cerca de 95 porcento dos funcionários vão aderir a esta greve, ficando apenas a funcionar os serviços de atendimento e de segurança de edifícios.
A greve vai afetar uma série de serviços efetuados, habitualmente, por esta corporação policial como a vigilância dos aeroportos nas horas dos voos.
Nestes dois dias de paralisação há uma série de voos internacionais, nomeadamente o que liga cidade da Praia à Fortaleza (Brasil), considerado pelos agentes de segurança como de “risco” por causa do narcotráfico.
Na passada quinta-feira, o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, disse que as forças de segurança não podem fazer greve, sob pena de a Constituição da República lhes restringir determinados direitos para garantir a segurança do país.
José Maria Neves, que falava aos jornalistas após visitar uma escola secundária na cidade da Praia para reagir à greve, afirmou que o país deve ver se é razoável ou não a PJ realizar greve.
“Há servidores do Estado que não podem fazer greve porque trabalham em áreas sensíveis para o país, como a Polícia Nacional, as Forças Armadas. Em todos os países do mundo, as forças de segurança não podem fazer greve. Neste caso a Constituição da República abre a possibilidade de restrição de determinados direitos para a segurança do próprio país», sublinhou o primeiro-ministro.
“Não queremos restringir nenhum direito à greve em Cabo Verde, mas temos de fazer discussões mais fundamentadas”, afirmou José Maria Neves, pedindo “sentido de Estado” aos sindicatos e aos políticos.
“Aqui é uma questão que tem a ver com o Estado e temos de ter sentido de Estado no debate dessas matérias e temos de ter mais responsabilidade no exercício da política e do sindicalismo. Temos de considerar esses aspetos para evitar que o país não tenha outros problemas difíceis de resolver”, concluiu.
A PJ cabo-verdiana já tinha ameaçado convocar uma greve nacional de 48 horas no final de outubro do ano passado, caso o Governo continuasse sem satisfazer as suas reivindicações, mas foi suspensa provisoriamente após um encontro realizado com o Ministério da Justiça, mediado pela Direção Geral do Trabalho.
Os funcionários da PJ exigiam a análise da proposta do novo estatuto e respetiva aprovação imediata, a atualização da grelha salarial, a restituição das promoções em atraso, o pagamento urgente dos retroativos das promoções de 2005 e a contratação de novos quadros para a carreira de investigação criminal.
Citado pela agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), o ministro da Justiça, José Carlos Correia, membro do Governo que tutela a PJ, declarou "o problema é que eles não querem esperar para resolver as questões postas em causa”.
“O facto de apontarem uma data para a resolução das reivindicações dificulta tudo. Se querem negociar as reivindicações que o façam, mas não é com ameaça que se faz isso", disse José Carlos Correia, sublinhando que nestas circunstâncias “não haverá negociações".
-0- PANA CS/TON 11fev2015
De acordo com a Associação dos Profissionais da Investigação Criminal (APIC) da PJ, estrutura sindical representativa dos agentes, cerca de 95 porcento dos funcionários vão aderir a esta greve, ficando apenas a funcionar os serviços de atendimento e de segurança de edifícios.
A greve vai afetar uma série de serviços efetuados, habitualmente, por esta corporação policial como a vigilância dos aeroportos nas horas dos voos.
Nestes dois dias de paralisação há uma série de voos internacionais, nomeadamente o que liga cidade da Praia à Fortaleza (Brasil), considerado pelos agentes de segurança como de “risco” por causa do narcotráfico.
Na passada quinta-feira, o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, disse que as forças de segurança não podem fazer greve, sob pena de a Constituição da República lhes restringir determinados direitos para garantir a segurança do país.
José Maria Neves, que falava aos jornalistas após visitar uma escola secundária na cidade da Praia para reagir à greve, afirmou que o país deve ver se é razoável ou não a PJ realizar greve.
“Há servidores do Estado que não podem fazer greve porque trabalham em áreas sensíveis para o país, como a Polícia Nacional, as Forças Armadas. Em todos os países do mundo, as forças de segurança não podem fazer greve. Neste caso a Constituição da República abre a possibilidade de restrição de determinados direitos para a segurança do próprio país», sublinhou o primeiro-ministro.
“Não queremos restringir nenhum direito à greve em Cabo Verde, mas temos de fazer discussões mais fundamentadas”, afirmou José Maria Neves, pedindo “sentido de Estado” aos sindicatos e aos políticos.
“Aqui é uma questão que tem a ver com o Estado e temos de ter sentido de Estado no debate dessas matérias e temos de ter mais responsabilidade no exercício da política e do sindicalismo. Temos de considerar esses aspetos para evitar que o país não tenha outros problemas difíceis de resolver”, concluiu.
A PJ cabo-verdiana já tinha ameaçado convocar uma greve nacional de 48 horas no final de outubro do ano passado, caso o Governo continuasse sem satisfazer as suas reivindicações, mas foi suspensa provisoriamente após um encontro realizado com o Ministério da Justiça, mediado pela Direção Geral do Trabalho.
Os funcionários da PJ exigiam a análise da proposta do novo estatuto e respetiva aprovação imediata, a atualização da grelha salarial, a restituição das promoções em atraso, o pagamento urgente dos retroativos das promoções de 2005 e a contratação de novos quadros para a carreira de investigação criminal.
Citado pela agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), o ministro da Justiça, José Carlos Correia, membro do Governo que tutela a PJ, declarou "o problema é que eles não querem esperar para resolver as questões postas em causa”.
“O facto de apontarem uma data para a resolução das reivindicações dificulta tudo. Se querem negociar as reivindicações que o façam, mas não é com ameaça que se faz isso", disse José Carlos Correia, sublinhando que nestas circunstâncias “não haverá negociações".
-0- PANA CS/TON 11fev2015