Agência Panafricana de Notícias

PNUD lança campanha de promoção da coexistência na República Centroafricana

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançou quarta-feira, em Bangui, uma iniciativa visando promover a paz e a coexistência social no seio das comunidades na República Centroafricana (RCA).

Na ocasião, o PNUD lançou igualmente um apelo aos doadores para reunir 22 milhões de dólares americanos com vista a garantir o alcance dos objetivos visados pelo projeto.

Num comunicado divulgado em Nova Iorque, a representante-residente do PNUD em Bangui, Kaarina Immonen, explica que "o programa tem por objetivo ajudar na reconstrução do tecido social na República Centroafricana, reduzindo as vulnerabilidade nos setores social, económico e de segurança".

Segundo ela, o projeto vai colmatar o fosso entre a terrível situação humanitária que abala o país e os esforços para construir a paz, a resistência da comunidade e o desenvolvimento da longo prazo.

Immonen revela que a iniciativa de dois anos, estimada em 26 milhões de dólares americanos, implica uma série de atividades de dinheiro contra trabalho e de coesão social para ajudar mais de 350 mil pessoas no centro e no oeste do país.

Nas regiões de Bangui, de Ouham, de Ouham Pende, de Nana-Gribizi e do Alto Kotto, o PNUD vai ajudar a iniciar programas de trabalhos públicos para criar empregos temporários com vista a reabilitar as infraestruturas destruídas, como os tanques de água, as pontes e as clínicas locais.

Vai igualmente apoiar as perspetivas de rendimentos dos grupos marginalizados, como as mulheres, através da formação profissional, pondo-as em contacto com os edis e as administrações locais para consolidar a sua tomada de decisão.

Ela anunciou, além disso, campanhas de sensibilização pela organização de seminários, de debates públicos sobre questões como os direitos humanos, o abuso de droga e a violência baseada no sexo.

"Agrupando os membros das comunidades de diferentes religiões ou grupos étnicos cuja metade é constituída por jovens, o programa vai ajudar a dissipar as divergências e melhorar a segurança em geral", considera Immonen.

Desde o início do conflito na RCA, em dezembro de 2012, milhares de civis foram mortos, mais de 700 mil pessoas deslocadas e mais de 288 mil outras obrigadas a refugiar-se em países vizinhos como os Camarões, o Tchad, a República Democrática do Congo e a República do Congo.

-0- PANA AA/MA/ASA/JSG/MAR/IZ 27fev2014