PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
PM nigerino deplora sanções abitrárias da CEDEAO contra Níger
Niamey- Níger (PANA) -- O primeiro-ministro nigerino, Ali Badjo Gamtié, criticou quinta-feira a recondução pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) das sanções contra o seu país.
Durante uma conferência de imprensa, Gamtié disse que "nunca um país foi tão pesada e abitrariamente sancionado" como o seu país.
O chefe do Governo nigerino reagia assim à decisão da cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), realizada a 16 de Fevereiro corrente em Abuja, na Nigéria, de reconduzir as sanções contra o Níger.
O encontro decidiu efectivamente, além da recondução das sanções contra o Níger, o prosseguimento da mediação designada pela CEDEAO, na pessoa do ex- Presidente da Nigéria, o general Abdou Salami Aboubakar, que doravante será coajudado na sua missão por dois representantes da União Africana (UA) bem como pelo Presidente do Senegal, Abdoulaye Wade.
Segundo o primeiro-ministro, muitos erros foram cometidos e as incomprehensões sucederam-se na gestão do dossier do Níger.
Ele exprimiu à cimeira a surpresa do Níger em relação ao comunicado da CEDEAO de 22 de Dezembro de 2009.
"Nós dissemos claramente que a CEDEAO não tem o direito de divulgar este comunicado.
É um erro da instituição sub-regional que não deve ser repetido", afirmou Gamatié.
A 22 de Dezembro último, no auge da da mediação, a CEDEAO divulgou um comunicado que toma nota do fim do mandato constitucional do Presidente nigerino, Mamadou Tandja.
"A mediação sob a sua forma actual não têm possibilidade de surtir efeitos", prosseguiu o primeiro-ministro nigerino, acrescentando que "não se pode gerir uma mediação de maneira administrativa".
Iniciado a 21 de Dezembro de 2009, sob a égide da CEDEAO, o diálogo internigerino não culminou num acordo pois as divergências entre a maioria presidencial representada pelo Movimento Patriótico para a Refundação da República (MPRR) e a oposição agrupada no seio da Coordenação das Forças para a Democracia e República (CFDR) eram profundas.
A CFDR exige um regresso à ordem constitucional normal com a instalação duma transição democrática que culmine em eleições gerais até finais deste ano ao passo que o (MPRR) diz não projectar nenhuma concessão fora do quadro da sexta República.
Na origem desta crise está o referendo constitucional organizado a 4 de Agosto de 2009 pelo Presidente nigerino para adoptar uma nova Constituição, a da sexta República que lhe permitiu manter-se no poder.
Durante uma conferência de imprensa, Gamtié disse que "nunca um país foi tão pesada e abitrariamente sancionado" como o seu país.
O chefe do Governo nigerino reagia assim à decisão da cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), realizada a 16 de Fevereiro corrente em Abuja, na Nigéria, de reconduzir as sanções contra o Níger.
O encontro decidiu efectivamente, além da recondução das sanções contra o Níger, o prosseguimento da mediação designada pela CEDEAO, na pessoa do ex- Presidente da Nigéria, o general Abdou Salami Aboubakar, que doravante será coajudado na sua missão por dois representantes da União Africana (UA) bem como pelo Presidente do Senegal, Abdoulaye Wade.
Segundo o primeiro-ministro, muitos erros foram cometidos e as incomprehensões sucederam-se na gestão do dossier do Níger.
Ele exprimiu à cimeira a surpresa do Níger em relação ao comunicado da CEDEAO de 22 de Dezembro de 2009.
"Nós dissemos claramente que a CEDEAO não tem o direito de divulgar este comunicado.
É um erro da instituição sub-regional que não deve ser repetido", afirmou Gamatié.
A 22 de Dezembro último, no auge da da mediação, a CEDEAO divulgou um comunicado que toma nota do fim do mandato constitucional do Presidente nigerino, Mamadou Tandja.
"A mediação sob a sua forma actual não têm possibilidade de surtir efeitos", prosseguiu o primeiro-ministro nigerino, acrescentando que "não se pode gerir uma mediação de maneira administrativa".
Iniciado a 21 de Dezembro de 2009, sob a égide da CEDEAO, o diálogo internigerino não culminou num acordo pois as divergências entre a maioria presidencial representada pelo Movimento Patriótico para a Refundação da República (MPRR) e a oposição agrupada no seio da Coordenação das Forças para a Democracia e República (CFDR) eram profundas.
A CFDR exige um regresso à ordem constitucional normal com a instalação duma transição democrática que culmine em eleições gerais até finais deste ano ao passo que o (MPRR) diz não projectar nenhuma concessão fora do quadro da sexta República.
Na origem desta crise está o referendo constitucional organizado a 4 de Agosto de 2009 pelo Presidente nigerino para adoptar uma nova Constituição, a da sexta República que lhe permitiu manter-se no poder.