Agência Panafricana de Notícias

PM defende combate sem tréguas contra narcotráfico na Guiné-Bissau

Bissau- Guiné-Bissau (PANA) -- O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, afirmou sexta-feira que o combate ao narcotráfico no país deve ser considerado como um "desígnio nacional" e feito de forma "firme e sem tréguas" com a ajuda da comunidade internacional.
Carlos Gomes Júnior falava na cerimónia de entrega de diplomas aos novos inspectores e agentes da Polícia Judiciária guineense, formados pelo Instituto Superior da Polícia Judiciária e Ciências Criminais português, no âmbito do Plano Nacional de Combate ao Narcotráfico, assinado em Dezembro de 2008, em Lisboa.
"O país tem assistido, de há uns tempos a esta parte, a um crescendo de criminalidade sem precedentes na sua história, cujo combate deve constituir um desígnio nacional", afirmou Carlos Gomes Júnior.
Segundo ele, a formação ora administrada representa "um testemunho claro e inequívoco da nossa firme e inabalável determinação no combate sem tréguas ao crime organizado e, particularmente, ao narcotráfico".
Salientando que a localização geográfica da Guiné-Bissau faz do país um "destino apetecível para todo o tipo de criminalidade", Carlos Gomes Júnior afirmou que o apoio dos "parceiros de desenvolvimento e da comunidade internacional revela-se como um imperativo inadiável para o combate ao crime organizado, principalmente a o narcotráfico".
Portugal é actualmente um dos principais parceiros do Governo guineense no combate ao narcotráfico, tendo doado três milhões de euros em Dezembro passado para ajudar a Guiné-Bissau a combater o flagelo.
Ainda nesse âmbito e na sequência de pedidos do Governo guineense, as autoridades portuguesas enviaram um agente da Polícia Judiciária para Bissau e tem sido dada formação aos agentes locais em várias áreas, nomeadamente, investigação criminal e Direito Penal.
Os primeiros rumores da utilização do território da Guiné-Bissau pelos narcotraficantes da América Latina para fazer entrar droga na Europa surgiram em 2005, mas só em 2007 a questão saltou para as páginas da comunicação social mundial.
A Polícia Judiciária bissau-guineense foi reforçada com 23 inspectores e 49 agentes.