Organizações mauritanas criticam Comité de Gestão do Fundo à Imprensa Privada

Nouakchott, Mauritânia (PANA) – Organizações da imprensa privada na Mauritânia acusa o Comité de Gestão do Fundo Público de Ajuda ao setor de “chantagem e violação” do princípio da liberdade, indica uma declaração transmitida quarta-feira à PANA.

O coletivo é constituído pelo Sindicato dos Jornalistas da Mauritânia, pela União dos Jornalistas da Mauritânia (UJM), pela Rede das Mulheres Jornalistas da Mauritânia (RFJM), e pelo Agrupamento das Editoras da Imprensa (REPP).

Elas denunciam «a chantagem e a intimidação» por parte do Comité de Gestão do Fundo de Ajuda à Imprensa, acusando-o de criar « obstáculos e restrições » com vista a privar de liberdade vários órgãos elegíveis e selecionar os beneficiários apenas mediante o único critério "docilidade" perante o regime no poder.

Esta declaração constitui uma reação das organizações da imprensa privada a um comunicado da entidade em causa, que ameaça excluir do grupo de beneficiários « todos os órgãos culpados de difamação contra o Presidente da República, o Governo, a Alta Autoridade da Imprensa e Audiovisual (HAPA) e o Comité de Gestão do Fundo ».

Na Mauritânia, o Fundo de Ajuda Pública à Imprensa Privada é de 200 milhões de ouguiyas (um pouco menos de 600 mil dólares americanos), repartido anualmente entre várias dezenas de jornais, uma dezena de cadeias de rádio e televisão privadas e mil e 500 sites de informações online.

-0- PANA SAS/BEH/SOC/FK/DD 23nov2017