PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Organizações de refugiados do Mali queixam-se de exclusão das negociações de Argel
Nouakchott, Mauritânia (PANA) - As Organizações da Sociedade Civil de Azawad (OSACA), um coletivo formado por refugiados malianos do campo de M'bera (leste da Mauritânia), denunciaram o caráter "não inclusivo" das negociações em curso na capital argelina, Argel, entre o Governo e os movimentos armados do norte do Mali.
Numa declaração publicada segunda-feira em Nouakchott, o coletivo de refugiados e deslocados malianos na Mauritânia desaprova o formato das negociações de Argel como "uma abordagem parcial na escolha dos interlocutores convidados" e contrária à ideia de uma solução capaz de garantir uma paz justa e duradoura no norte do país.
No seu entender, a ausência de representantes das populações, incluindo comunidades, tribos e fações do norte do Mali e organizações da sociedade civil elegíveis ao diálogo "demonstra
claramente uma vontade de exclusão duma parte das populações do norte e uma falta de determinação em relação à vontade de aprofundar as discussões sobre esta questão difícil".
A declaração denuncia "uma gestão inapropriada, clânica e mesmo familiar, ignorando 90 porcento das populações, nomeadamente da região de Tombouctou, no quadro duma abordagem cujo princípio determinante é a capacidade de obstrução e o clientelismo."
Trata-se igualmente de "uma violação do artigo 21 do Acordo de Ouagadougou, que prevê negociações de paz com todas as comunidades do norte a fim de alcançar uma solução abrangente e duradoura", insiste o documento.
Por outro lado, o coletivo recorda a sua ação de mobilização das populações contra os grupos terroristas durante a ocupação.
Entre março de 2012 e janeiro de 2013, lembre-se,o norte do Mali foi ocupado por grupos terroristas filiados na nebulosa rede Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI).
Estes jihadistas foram expulsos por uma operação combinada França/CEDEAO e, durante este período, cerca de 74 mil Malianos do norte refugiaram-se no leste da Mauritânia.
-0- PANA SAS/DIM/IZ 02set2014
Numa declaração publicada segunda-feira em Nouakchott, o coletivo de refugiados e deslocados malianos na Mauritânia desaprova o formato das negociações de Argel como "uma abordagem parcial na escolha dos interlocutores convidados" e contrária à ideia de uma solução capaz de garantir uma paz justa e duradoura no norte do país.
No seu entender, a ausência de representantes das populações, incluindo comunidades, tribos e fações do norte do Mali e organizações da sociedade civil elegíveis ao diálogo "demonstra
claramente uma vontade de exclusão duma parte das populações do norte e uma falta de determinação em relação à vontade de aprofundar as discussões sobre esta questão difícil".
A declaração denuncia "uma gestão inapropriada, clânica e mesmo familiar, ignorando 90 porcento das populações, nomeadamente da região de Tombouctou, no quadro duma abordagem cujo princípio determinante é a capacidade de obstrução e o clientelismo."
Trata-se igualmente de "uma violação do artigo 21 do Acordo de Ouagadougou, que prevê negociações de paz com todas as comunidades do norte a fim de alcançar uma solução abrangente e duradoura", insiste o documento.
Por outro lado, o coletivo recorda a sua ação de mobilização das populações contra os grupos terroristas durante a ocupação.
Entre março de 2012 e janeiro de 2013, lembre-se,o norte do Mali foi ocupado por grupos terroristas filiados na nebulosa rede Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI).
Estes jihadistas foram expulsos por uma operação combinada França/CEDEAO e, durante este período, cerca de 74 mil Malianos do norte refugiaram-se no leste da Mauritânia.
-0- PANA SAS/DIM/IZ 02set2014
