Oposição adverte Presidente togolês contra provável quarto mandato no Togo
Lomé, Togo (PANA) – O presidente da Aliança Nacional para a Mudança (ANC, oposição), Jean-Pierre Fabre, criticou o Presidente do Togo, Faure Gnassingbé, a respeito do seu provável quarto mandato à frente do país.
"O chefe de Estado que completa, em 2020, três mandatos de cinco anos não pode disputar um quarto mandato presidencial, sem criar um clima de tensões sociopolíticas e de insegurança para as populações”, afirmou o líder da ANC, na abertura do congresso do partido, sexta-feira, em Lomé.
O político invocou "razões do contexto político nacional, tanto como de natureza ética como política”.
O líder da ANC manifestou a sua determinação e declarou-se pronto para desafiar o poder instituído sobre o assunto.
Jean-Pierre Fabre, que acredita numa alternância, em 2020, apela para reformas políticas e eleitorais para que o país disponha “de um quadro eleitoral transparente e não discriminatório, purgado de todas as disposições antidemocráticas e de exclusão”.
De 18 a 19 de outubro, a Aliança Nacional para a Mudança organizou o seu segundo Congresso para fazer o balanço das suas atividades, tomar resoluções e fazer recomendações e, sobretudo, posicionar-se para o próximo escrutínio presidencial previsto para o primeiro trimestre de 2020.
Criado há cerca de 10 anos, depois de divergências entre o líder da União das Forças de Mudança (UFC), Gilchrist Olympio, e os seus colaboradores, a ANC tornou-se no primeiro partido político da oposição no Togo, ultrapassando assim as formações políticas antigas.
O partido é classificado como "oposição radical" devido às suas tomadas de posição encarnadas por Jean-Pierre Fabre que geria a ala dura da UFC, antes de criar a ANC.
-0-PANA FAA/BEH/SOC/MAR/IZ 20out2019