Agência Panafricana de Notícias

ONU saúda envio de dois mil e 500 soldados para combater rebeldes do LRA

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - A ONU saudou o envio de dois mil e 500 soldados no quadro duma força regional da União Africana (UA) para deter os membros do Exército de Resistência do Senhor (LRA), o grupo rebelde tristemente célebre pelas suas atrocidades no Uganda e que nos últimos anos estendeu as suas violências aos países vizinhos.

Num comunicado da ONU, transmitido à PANA em Nova Iorque quarta-feira, o representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas e chefe do Gabinete Regional da ONU para a África Central (UNOCA), Abou Moussa, declarou que "este momento importante constitui o auge dos nossos esforços coletivos para pôr termo às atividades do LRA".

Ele qualificou o LRA de "movimento rebelde tornado tristemente célebre no decorrer dos anos pelos sofrimentos indizíveis infligidos às populações locais dos países afetados".

Moussa indicou que a ONU continuará a apoiar a UA e os outros parceiros na aplicação da estratégia regional contra o LRA adotada pelo Conselho de Segurança em junho.

Ele preconizou igualmente uma coordenação eficaz e efetiva entre as forças regionais e todos os atores abrangidos, incluindo as missões e gabinetes da ONU, para combater o LRA e garantir a segurança dos civis inocentes.

Segundo o comunicado, a cerimónia decorreu terça-feira em Yambio após uma precedente em Obo, na República Centro Africana, onde 360 soldados das Forças Armadas Centro Africanas (FACA) foram destacados para servir a UA a 12 de setembro.

Dois mil soldados da Força de Defesa Popular Ugandesa e 500 do Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA) foram oficialmente afetados ao serviço da força da UA durante uma cerimónia em Yambio, a cerca de 50 quilómetros de Juba, a capital do Sudão do Sul.

O LRA cometeu as suas piores atrocidades no norte do Uganda nos anos 90, mas desde 2004 ele foi expulso da região graças a um esforço militar.

Contudo, elementos incontroláveis continuam a atacar civis no Sudão do Sul, na República Centro Africana (RCA) e na RD Congo.

Este grupo é tristemente célebre pelos seus massacres perpetrados nas aldeias, a mutilação das suas vítimas e os raptos de crianças - os rapazes para os recrutar como crianças soldados e as raparigas para as utilizar como escravas sexuais.

-0- PANA AA/VAO/FJG/AAS/SOC/MAR/TON 20set2012