PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU exorta Sudão Sul a lutar contra violência comunitária
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – As Nações Unidas exortaram segunda-feira o Sudão Sul a instaurar um plano de luta contra a violência no Estado do Jonglei, após a publicação das conclusões dum inquérito sobre os ataques intercomunitários que fizeram centenas de vítimas entre finais de 2011 e início de 2012.
Redigido pela Missão das Nações Unidas no Sudão Sul (MINUSS) com o apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), o relatório apresenta os crimes e as violações dos direitos humanos perpetrados durante o aumento da violência entre as comunidades Murle e Lou Nuer.
Um comunicado da ONU, chegado esta terça-feira à PANA, em Nova Iorque, indica que, durante 12 dias, em dezembro de 2011, entre seis e oito mil jovens armados pertencentes maioritariamente à comunidade Lou Muer lançaram uma série de ataques contra zonas habitadas pelos membros da comunidade Murle.
« Entre 27 de dezembro de 2011 e 4 de fevereiro de 2012, milícias Murle lançaram em represália ataques em zonas habitadas pelos Lou Nuer e pelos Bor Dinka. Estes incidentes fazem parte de um ciclo de ataques de represálias que se intensificaram durante o ano 2011 ».
« A ausência de proteção da população civil pelas autoridades sul-sudanesa, bem como a ausência de inquérito e da responsabilização contribuiram provavelmente para a agravação deste ciclo de ataques marcado por atos de crueldade deliberados », afirma o relatório da MISNUSS.
A violência custou a vida a cerca de 900 pessoas, enquanto mulheres e crianças foram raptadas, casas destruídas e milhares de civis deslocados.
« Para pôr definitivamente fim à violência em Jonglei, é preciso velar por que os autores destes atos sejam julgados no quadro de um processo de paz verdadeiro sob a autoridade do Estado », indica a chefe da MINUSS, Hilde Johnson, num comunicado de imprensa.
Ao longo das suas nove recomendações, o relatório preconiza a abertura imediata dum inquérito para elucidar as circunstâncias nas quais eclodiu a crise em Jonglei.
Ele pediu igualmente a perseguição judicial de todos os responsáveis pela violência.
« É primordial que os factos sejam conhecidos e os autores e comanditários responsabilizados », defendeu por seu turno a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, que se deslocou à região em maio passado.
-0- PANA AA/SEG/NFB/JSG/MAR/IZ 26junho2012
Redigido pela Missão das Nações Unidas no Sudão Sul (MINUSS) com o apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), o relatório apresenta os crimes e as violações dos direitos humanos perpetrados durante o aumento da violência entre as comunidades Murle e Lou Nuer.
Um comunicado da ONU, chegado esta terça-feira à PANA, em Nova Iorque, indica que, durante 12 dias, em dezembro de 2011, entre seis e oito mil jovens armados pertencentes maioritariamente à comunidade Lou Muer lançaram uma série de ataques contra zonas habitadas pelos membros da comunidade Murle.
« Entre 27 de dezembro de 2011 e 4 de fevereiro de 2012, milícias Murle lançaram em represália ataques em zonas habitadas pelos Lou Nuer e pelos Bor Dinka. Estes incidentes fazem parte de um ciclo de ataques de represálias que se intensificaram durante o ano 2011 ».
« A ausência de proteção da população civil pelas autoridades sul-sudanesa, bem como a ausência de inquérito e da responsabilização contribuiram provavelmente para a agravação deste ciclo de ataques marcado por atos de crueldade deliberados », afirma o relatório da MISNUSS.
A violência custou a vida a cerca de 900 pessoas, enquanto mulheres e crianças foram raptadas, casas destruídas e milhares de civis deslocados.
« Para pôr definitivamente fim à violência em Jonglei, é preciso velar por que os autores destes atos sejam julgados no quadro de um processo de paz verdadeiro sob a autoridade do Estado », indica a chefe da MINUSS, Hilde Johnson, num comunicado de imprensa.
Ao longo das suas nove recomendações, o relatório preconiza a abertura imediata dum inquérito para elucidar as circunstâncias nas quais eclodiu a crise em Jonglei.
Ele pediu igualmente a perseguição judicial de todos os responsáveis pela violência.
« É primordial que os factos sejam conhecidos e os autores e comanditários responsabilizados », defendeu por seu turno a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, que se deslocou à região em maio passado.
-0- PANA AA/SEG/NFB/JSG/MAR/IZ 26junho2012