PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Moçambique reafirma empenho na busca de diversificação da economia
Matola, Moçambique (PANA) – O Governo moçambicano continua comprometido na adoção de políticas que contribuam para estimular a diversificação e inovação da economia, através do estabelecimento de um sistema financeiro inclusivo, saudável e resiliente aos choques internos e externos, revelou esta quinta-feira a vice-ministra da Economia e Finanças, Isaltina Lucas.
Falando na abertura da 8ª Reunião de Governadores dos Bancos Centrais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre no município da Matola, província de Maputo, a governante destacou que os efeitos da crise financeira internacional ainda persistem nas economias dos países integrantes deste bloco, impondo novos desafios para o sistema financeiro.
É assim que, segundo ela, se impõe um maior rigor aos Bancos Centrais para garantir a estabilidade do sistema financeiro.
Apontou, a título de exemplo, que alguns Bancos Centrais, em particular os da América Latina e da Ásia, viram-se forçados a rever a sua lei orgânica para incluir o mandato da estabilidade financeira.
“Encorajamos que esta reunião sirva de plataforma de busca de conhecimentos e experiências que facilitem o entendimento dos aspetos essenciais sobre a estabilidade financeira com vista a tomada de medidas corretivas em tempo oportuno”, destacou.
A governante adiantou que Moçambique faz parte de um pequeno grupo de países africanos que registou, durante muito tempo, taxas de crescimento robustas com uma média anual de sete porcento até ao ano de 2015, mas que desaceleraram no ano seguinte para 3,3 porcento, devido a fatores adversos internos e externos.
Para o presente ano, segundo a governante, prevê-se um crescimento da economia na ordem de 5,5 porcento do Produto Interno Bruto (PIB), com contributo assinalável do setor financeiro, em particular no que toca à expansão territorial da banca comercial e dos micro-bancos e da melhoria da diversificação dos produtos e serviços financeiros.
“Nos últimos 10 anos, o crescimento real das atividades do setor financeiro rondou em média, até 2015, os 17 porcento, sendo que a contribuição deste setor no valor acrescentado bruto é, atualmente, de cerca de seis porcento”, explicou.
Graças á política de bancarização da economia lançada em 2017, segundo a fonte, Moçambique passou de 14 para os atuais 19 bancos e de 274 balcões para 646, e o número de distritos cobertos por pelo menos um balcão incrementou de 22 para 90.
Segundo Isaltina Lucas, têm surgido novos tipos de operadores financeiros como micro-bancos que, em 10 anos, passaram de um para 10 e instituições de microcrédito que passaram de 72 para 466.
“Existem hoje, em Moçambique, três instituições que oferecem serviços financeiros por telefonia móvel a aproximadamente cinco milhões de pessoas”, revelou
Realçou que esta evolução quantitativa ocorreu no contexto de um sistema financeiro sólido e robusto, com o rácio de solvabilidade acima dos mínimos estabelecidos nos termos da Convenção de Basileia II.
No seu entender, a evolução positiva, tanto qualitativa como quantitativa, do sistema financeiro moçambicano resulta da adoção de políticas visando a disponibilização e acessibilidade aos produtos e serviços financeiros de qualidade e adequados às necessidades da maioria da população, com enfoque para as zonas rurais.
No encontro, de um dia, que tem como tema principal “A Estabilidade Financeira no Quadro de Análise de Riscos e Padrões de Governação pelos Bancos Centrais", participam, entre outros quadros, governadores e vice-governadores dos Bancos Centrais da CPLP e administradores.
-0- PANA AIM/IZ 13abril2017
Falando na abertura da 8ª Reunião de Governadores dos Bancos Centrais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre no município da Matola, província de Maputo, a governante destacou que os efeitos da crise financeira internacional ainda persistem nas economias dos países integrantes deste bloco, impondo novos desafios para o sistema financeiro.
É assim que, segundo ela, se impõe um maior rigor aos Bancos Centrais para garantir a estabilidade do sistema financeiro.
Apontou, a título de exemplo, que alguns Bancos Centrais, em particular os da América Latina e da Ásia, viram-se forçados a rever a sua lei orgânica para incluir o mandato da estabilidade financeira.
“Encorajamos que esta reunião sirva de plataforma de busca de conhecimentos e experiências que facilitem o entendimento dos aspetos essenciais sobre a estabilidade financeira com vista a tomada de medidas corretivas em tempo oportuno”, destacou.
A governante adiantou que Moçambique faz parte de um pequeno grupo de países africanos que registou, durante muito tempo, taxas de crescimento robustas com uma média anual de sete porcento até ao ano de 2015, mas que desaceleraram no ano seguinte para 3,3 porcento, devido a fatores adversos internos e externos.
Para o presente ano, segundo a governante, prevê-se um crescimento da economia na ordem de 5,5 porcento do Produto Interno Bruto (PIB), com contributo assinalável do setor financeiro, em particular no que toca à expansão territorial da banca comercial e dos micro-bancos e da melhoria da diversificação dos produtos e serviços financeiros.
“Nos últimos 10 anos, o crescimento real das atividades do setor financeiro rondou em média, até 2015, os 17 porcento, sendo que a contribuição deste setor no valor acrescentado bruto é, atualmente, de cerca de seis porcento”, explicou.
Graças á política de bancarização da economia lançada em 2017, segundo a fonte, Moçambique passou de 14 para os atuais 19 bancos e de 274 balcões para 646, e o número de distritos cobertos por pelo menos um balcão incrementou de 22 para 90.
Segundo Isaltina Lucas, têm surgido novos tipos de operadores financeiros como micro-bancos que, em 10 anos, passaram de um para 10 e instituições de microcrédito que passaram de 72 para 466.
“Existem hoje, em Moçambique, três instituições que oferecem serviços financeiros por telefonia móvel a aproximadamente cinco milhões de pessoas”, revelou
Realçou que esta evolução quantitativa ocorreu no contexto de um sistema financeiro sólido e robusto, com o rácio de solvabilidade acima dos mínimos estabelecidos nos termos da Convenção de Basileia II.
No seu entender, a evolução positiva, tanto qualitativa como quantitativa, do sistema financeiro moçambicano resulta da adoção de políticas visando a disponibilização e acessibilidade aos produtos e serviços financeiros de qualidade e adequados às necessidades da maioria da população, com enfoque para as zonas rurais.
No encontro, de um dia, que tem como tema principal “A Estabilidade Financeira no Quadro de Análise de Riscos e Padrões de Governação pelos Bancos Centrais", participam, entre outros quadros, governadores e vice-governadores dos Bancos Centrais da CPLP e administradores.
-0- PANA AIM/IZ 13abril2017