Agência Panafricana de Notícias

Medidas tomadas evitaram aumento maior de desemprego em Cabo Verde, diz Governo

Praia, Cabo Verde (PANA) - A taxa de desemprego em Cabo Verde, que subiu de 12,7 para 16,8 porcento, teria seria muito superior, não fossem as medidas tomadas pelo Governo, declarou quinta-feira o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves.

Neves, que atribui o aumento da taxa de desemprego em Cabo Verde à atual crise internacional, apontou a evolução do agronegócio, o aumento do emprego no meio rural, o crescimento do turismo nalgumas ilhas, nomeadamente Boa Vista e Sal, como resultantes das medidas tomadas até agora pelo Governo para reduzir o desemprego no arquipélago.

O chefe do Executivo cabo-verdiano admitiu que a crise económica mundial tem tido um impacto "grande" no arquipélago, sobretudo no setor imobiliário e, consequentemente, na área da construção civil.

Considerou que os últimos números da taxa de desemprego divulgados, na semana passada, pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), "são reflexo da crise internacional".

“Cabo Verde não vive só no mundo, tem havido um grande impacto da crise, particularmente no setor imobiliário e, consequentemente, na construção civil, que é o setor empregador por excelência”, afirmou.

Acrescentou que tudo isto tem tido impacto na criação de um clima menos favorecedor de criação de empregos e empresas.

O chefe do Governo cabo-verdiano comparou as estatísticas do desemprego em Cabo Verde com outros países da mesma dimensão, precisando que “países como o nosso estão com 27 a 30 porcento (de desemprego) e entre 50 a 60 porcent na camada jovem”.

“Isto significa que estamos a tomar medidas. Não fossem as medidas que estamos a tomar, o desemprego seria muito superior ao que temos atualmente", argumentou.

“Estamos numa fase de transição e se continuarmos a mobilizar água e investir no agro-negócio, no desenvolvimento das energias renováveis, das tecnologias informacionais, economias criativas, conseguiremos, com o tempo, criar emprego sobretudo para a camada jovem em Cabo Verde”, indicou.

Questionado sobre a posição da oposição quando atribui o aumento do desemprego ao "falhanço" da política económica do Governo, José Maria Neves disse estar acostumado com essa forma de estar e de ser da oposição.

“Quando o INE apresentou a cifra de 10,2 porcento de desemprego em Cabo Verde, a oposição disse que não acreditava nesses números e criticou na mesma”, frisou o chefe do Executivo cabo-verdiano.

Segundo os novos dados INE, a taxa de desemprego em Cabo Verde aumentou de 12,7 porcneto, em 2011, para 16,8 porcento, em 2012, traduzindo-se num aumento de 4,1 pontos percentuais.

-0- PANA CS/IZ 03maio2013