Agência Panafricana de Notícias

Mauritânia rejeita intervenção militar no norte do Mali

Nouakchott, Mauritânia (PANA) - A Mauritânia recusa implicar-se na intervenção militar que se prepara no norte do Mali, exceto em caso de ataque do seu território pelos grupos terroristas aliados da Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), afirmou o ministro mauritano da Defesa, Ahmedou Ould Deye Ould Mohamed, diante da Assembleia Nacional, em resposta a uma questão oral dum deputado da oposição.

Aguardando pela autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CS/ONU), um contingente de três mil e 300 militares da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) deverá ser desdobrado para libertar o norte do Mali, ocupado há oito meses por grupos terroristas próximos da AQMI.

O ministro indicou que "a Mauritânia não participará na guerra no norte do Mali, mas o Exército vai exercer o seu direito legítimo de resposta em caso de ataque contra o território nacional".

O autor da questão oral, o deputado Mohamed Jemil Ould Mansour, presidente da Coligação Nacional para a Reforma e Desenvolvimento (RNRD-Tawassoul), um partido do movimento islamita moderado, fazia eco da "preocupação" das populações mauritanas a respeito da guerra que se prepara no norte do Mali, fronteiriço de seis regiões do país em cerca de dois mil quilómetros.

-0- PANA SAS/JSG/IBA/MAR/TON 13dez2012