Mais de 70 mil refugiados congoleses carecem de ajuda no Burundi
Bujumbura, Burundi (PANA) - Mais de 70.000 congoleses, refugiados no Burundi, desde janeiro último, carecem com urgência de uma proteção internacional e de uma ajuda humanitária, soube a PANA junto dum escritório local do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Num relatório sobre a situação, datado de 7 de abril corrente e a que a PANA teve acesso esta quarta-feira, o ACNUR indica que,, entre estes indivíduos, figuram populações rurais e urbanas a fugirem da guerra no seu país de origem.
Por outro lado, prossegue a nota, dos mais de 70.000 refugiados 51 por cento são mulheres, das quais 25 por cento de adultas, contra 49 por cento de homens, entre os quais 22 por cento de adultos.
As aldeias e cidades mais afetadas por este movimento de populações são Uvira, Walungu, Bukavu, Sake, Minova et Goma, todas situadas no leste da República Democrática do Congo (RDC), disse a fonte.
Respondendo a este drama, o Ministério burundês do Interior concedeu aos requerentes de asilo congoleses o estatuto de “refugiados prima facie" (à primeira vista), anunciou o ACNUR.
O leste da RDC ficou instável devido a combates que opõem, nos últimos tempos, a Aliança do Rio Congo/Movimento de 23 de Março de 2009 (AFC/M23, rebelião militar) às Forças Armadas da RDC (FARDC).
Numerosos observadores receiam pela expansão do conflito à escala regional, por falta de vontade manifesta das partes em conflito de acabarem com as hostilidades sentando-se à volta de uma mesa de negociações.
-0- PANA FB/JSG/DD 09abril2025
