PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
MEND aumenta pressão com atentados de Abuja
Lagos- Nigéria (PANA) -- Os separatistas do Movimento para a Emancipação do Delta do Níger (MEND) parecem dispostos a reforçar a sua pressão sobre as autoridades nigerianas, com o seu primeiro atentado à bomba perpetrado sexta-feira na capital federal, Abuja, num dia de festa nacional.
Um carro armadilhado explodiu perto do largo Eagle Square, onde o Presidente Goodluck Jonathan assistia, na companhia de 14 outros chefes de Estado e milhares de dignitários estrangeiros, à celebração do 50º aniversário da independência do país.
De acordo com o último balanço provisório apresentado pela Polícia, a explosão fez pelo menos 10 mortos e vários feridos, enquanto testemunhas oculares afirmam que o número de vítimas seria muito mais elevado.
Este atentado numa capital decorada com os melhores adornos possíveis, longe da miséria da região petrolífera do Delta do Níger cuja autonomia é reivindicada pelo MEND, surgiu pouco após este grupo ter distribuído à imprensa um comunicado, convidando à evacuação imediata do largo Eagle Square onde disse ter colocado bombas no seu interior e nos arredores.
"Não há nada para celebrar após 50 anos de fracasso.
Durante 50 anos, o povo do Delta do Níger foi espoliado das suas terras e dos seus recursos.
A Constituição anterior à independência que previa um controlo dos recursos pelas populações foi mutilada pelos Governos militares ilegais e esta injustiça deve ser reparada", indicava o MEND no seu comunicado.
Até aqui, o MEND rejeita o programa de amnistia lançado pelo Governo federal no ano passado, limitando as suas ações de violência à região do Delta do Níger, no sudeste do país, à exceção do atentado mortal contra o Atlas Cove Jetty, em Lagos, em 2009.
Alguns analistas consideram que o facto de o MEND ter perpetrado atentados em Abuja, nomeadamente num dia em que a segurança parecia particularmente reforçada, indica que estendeu doravante o seu campo de ação e confirmou as suas ameaças de precisar os seus ataques.
"Isto deve preocupar ao mais alto nível as autoridades, nomeadamente após a campanha de amnistia geralmente considerada como um sucesso", disse sexta-feira à PANA um perito em segurança que preferiu o anonimato.
No seu comunicado, o MEND declara que as bombas foram colocadas por alguns dos seus elementos "que trabalham no seio dos serviços de segurança do Governo".
"Não há nenhum meio de proceder à verificação independente destas declarações", disse o perito em segurança.
«No entanto, de qualquer jeito, o facto de o MEND poder atacar num dia como este mostra que assumiu uma nova postura", acrescentou.
Um carro armadilhado explodiu perto do largo Eagle Square, onde o Presidente Goodluck Jonathan assistia, na companhia de 14 outros chefes de Estado e milhares de dignitários estrangeiros, à celebração do 50º aniversário da independência do país.
De acordo com o último balanço provisório apresentado pela Polícia, a explosão fez pelo menos 10 mortos e vários feridos, enquanto testemunhas oculares afirmam que o número de vítimas seria muito mais elevado.
Este atentado numa capital decorada com os melhores adornos possíveis, longe da miséria da região petrolífera do Delta do Níger cuja autonomia é reivindicada pelo MEND, surgiu pouco após este grupo ter distribuído à imprensa um comunicado, convidando à evacuação imediata do largo Eagle Square onde disse ter colocado bombas no seu interior e nos arredores.
"Não há nada para celebrar após 50 anos de fracasso.
Durante 50 anos, o povo do Delta do Níger foi espoliado das suas terras e dos seus recursos.
A Constituição anterior à independência que previa um controlo dos recursos pelas populações foi mutilada pelos Governos militares ilegais e esta injustiça deve ser reparada", indicava o MEND no seu comunicado.
Até aqui, o MEND rejeita o programa de amnistia lançado pelo Governo federal no ano passado, limitando as suas ações de violência à região do Delta do Níger, no sudeste do país, à exceção do atentado mortal contra o Atlas Cove Jetty, em Lagos, em 2009.
Alguns analistas consideram que o facto de o MEND ter perpetrado atentados em Abuja, nomeadamente num dia em que a segurança parecia particularmente reforçada, indica que estendeu doravante o seu campo de ação e confirmou as suas ameaças de precisar os seus ataques.
"Isto deve preocupar ao mais alto nível as autoridades, nomeadamente após a campanha de amnistia geralmente considerada como um sucesso", disse sexta-feira à PANA um perito em segurança que preferiu o anonimato.
No seu comunicado, o MEND declara que as bombas foram colocadas por alguns dos seus elementos "que trabalham no seio dos serviços de segurança do Governo".
"Não há nenhum meio de proceder à verificação independente destas declarações", disse o perito em segurança.
«No entanto, de qualquer jeito, o facto de o MEND poder atacar num dia como este mostra que assumiu uma nova postura", acrescentou.