PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Kadafi critica ingerência de potências ocidentais nos assuntos africanos
Tripoli, Líbia (PANA) – O líder líbio, Muamar Kadafi, advertiu as potências ocidentais das suas ingerências nos assuntos africanos e exortou-as a respeitar o sistema de Governo escolhido pelos povos africanos.
Vilipendiou os fanfarrões ocidentais das eleições em África que estão prontos para as qualificar de manipuladas ou de irregulares, acusando a sua vontade de criar instabilidade e afirmou que as crises na Côte d'Ivoire e na Tunísia devem-se às ingerências estrangeiras.
« Alguma vez África qualificou de irregulares as eleições em França, na Grã-Bretanha ou em qualquer outro país europeu ? Então, o que lhes dá o direito de supervisionar as eleições em África ? Somos inúteis ou estúpidos para ter necessidade de acordo parental para gerir os nossos próprios assuntos », interrogou-se.
« Os países africanos atingiram um tal grau de desenvolvimento de consciência e de maturidade que eles são capazes de se opor a quem ousar ingerir-se nos seus assuntos », declarou Kadafi durante o encerramento da conferência internacional sobre os imigrantes africanos na Europa.
Kadafi declarou que algumas potências ocidentais mal informadas desejam transformar alguns países africanos em satélites. « Elas querem praticar a escravidão, mas rejeitamos esta tentativa », precisou.
« Se eles querem causar-nos problemas podemos igualmente fazer o mesmo nos seus países, mas esta não é a nossa intenção. A nossa presença na Europa ou na América deve ser respeitada », sublinhou, exortando os Africanos da diáspora na Europa a viver com decência.
Kadafi encorajou os Africanos da diáspora a ser influentes nas eleições nos países onde residem porque o continente africano deseja manter uma relação positiva com a Europa e instou os seus países de adoção ou de acolhimento a não considerar os descendentes de Africanos como cidadãos de segunda classe ou escravos.
Sobre a União Africana (UA), Kadafi exortou o fórum « a ser influente tanto em África como na diáspora, para que os líderes do continente possam instaurar os Estados Unidos de África », que será capaz de salvaguardar e pôr em prática os seus recursos que estão atualmente pilhados pelos países industrializados.
O líder líbio rejeitou o que parece ser uma visão muito propalada de que as organizações económicas regionais serão a base dum Governo continental.
Kadafi afirmou que quatro países na região das Caraíbas são países africanos e que eles vão juntar-se à UA como membros de pleno direito. Ele não citou o nome destes países, mas explicou que o seu isolamento do continente africano não coloca problema com o seu estatuto de países africanos, já que as suas populações são 100 porcento africanas.
« Quem iria levantar a voz se as Caraíbas se juntassem a África, já que as ilhas Mayotte do arquipélago das Comores e a ilha da Reunião no Oceano Índico fazem parte de França, e que as ilhas Falkland situadas no Atlântico sul fazem parte da Grã-Bretanha? », indagou-se.
« Mesmo as cidades europeias povoadas na sua maioria por Africanos poderão fazer parte de África », afirmou.
« África está presente em várias comunidades em todo o mundo. Os Africanos foram levados à força como escravos, esta não era a sua escolha. Mas agora é seu direito ficar lá e eles podem impor as suas condições ou pedir compensação pelos prejuízos que sofreram », acrescentou.
Kadafi declarou que nunca teve a ambição de se eternizar no poder. "Recusei ser Presidente. Após a revolução de setembro de 1969, entreguei o poder ao congresso do povo. Se o povo líbio deseja mudar de Presidente ele pode fazê-lo, não gosto da autoridade. Não estou preparado a tornar-me o Presidente de África. Sou um soldado para os povos de África », frisou.
-0- PANA AR/VAO/ASA/TBM/SOC/MAR/TON 19jan2011
Vilipendiou os fanfarrões ocidentais das eleições em África que estão prontos para as qualificar de manipuladas ou de irregulares, acusando a sua vontade de criar instabilidade e afirmou que as crises na Côte d'Ivoire e na Tunísia devem-se às ingerências estrangeiras.
« Alguma vez África qualificou de irregulares as eleições em França, na Grã-Bretanha ou em qualquer outro país europeu ? Então, o que lhes dá o direito de supervisionar as eleições em África ? Somos inúteis ou estúpidos para ter necessidade de acordo parental para gerir os nossos próprios assuntos », interrogou-se.
« Os países africanos atingiram um tal grau de desenvolvimento de consciência e de maturidade que eles são capazes de se opor a quem ousar ingerir-se nos seus assuntos », declarou Kadafi durante o encerramento da conferência internacional sobre os imigrantes africanos na Europa.
Kadafi declarou que algumas potências ocidentais mal informadas desejam transformar alguns países africanos em satélites. « Elas querem praticar a escravidão, mas rejeitamos esta tentativa », precisou.
« Se eles querem causar-nos problemas podemos igualmente fazer o mesmo nos seus países, mas esta não é a nossa intenção. A nossa presença na Europa ou na América deve ser respeitada », sublinhou, exortando os Africanos da diáspora na Europa a viver com decência.
Kadafi encorajou os Africanos da diáspora a ser influentes nas eleições nos países onde residem porque o continente africano deseja manter uma relação positiva com a Europa e instou os seus países de adoção ou de acolhimento a não considerar os descendentes de Africanos como cidadãos de segunda classe ou escravos.
Sobre a União Africana (UA), Kadafi exortou o fórum « a ser influente tanto em África como na diáspora, para que os líderes do continente possam instaurar os Estados Unidos de África », que será capaz de salvaguardar e pôr em prática os seus recursos que estão atualmente pilhados pelos países industrializados.
O líder líbio rejeitou o que parece ser uma visão muito propalada de que as organizações económicas regionais serão a base dum Governo continental.
Kadafi afirmou que quatro países na região das Caraíbas são países africanos e que eles vão juntar-se à UA como membros de pleno direito. Ele não citou o nome destes países, mas explicou que o seu isolamento do continente africano não coloca problema com o seu estatuto de países africanos, já que as suas populações são 100 porcento africanas.
« Quem iria levantar a voz se as Caraíbas se juntassem a África, já que as ilhas Mayotte do arquipélago das Comores e a ilha da Reunião no Oceano Índico fazem parte de França, e que as ilhas Falkland situadas no Atlântico sul fazem parte da Grã-Bretanha? », indagou-se.
« Mesmo as cidades europeias povoadas na sua maioria por Africanos poderão fazer parte de África », afirmou.
« África está presente em várias comunidades em todo o mundo. Os Africanos foram levados à força como escravos, esta não era a sua escolha. Mas agora é seu direito ficar lá e eles podem impor as suas condições ou pedir compensação pelos prejuízos que sofreram », acrescentou.
Kadafi declarou que nunca teve a ambição de se eternizar no poder. "Recusei ser Presidente. Após a revolução de setembro de 1969, entreguei o poder ao congresso do povo. Se o povo líbio deseja mudar de Presidente ele pode fazê-lo, não gosto da autoridade. Não estou preparado a tornar-me o Presidente de África. Sou um soldado para os povos de África », frisou.
-0- PANA AR/VAO/ASA/TBM/SOC/MAR/TON 19jan2011