Agência Panafricana de Notícias

Ilhas Comores e BAD normalizam relações

Moroni- ilhas Comores (PANA) -- O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e a União das Comores normalizaram as suas relações, soube sábado a PANA no termo da visita a Moroni da directora do Departamento Regional do BAD para as Comores, Diarétou Gaye.
Durante a sua estada, Gaye manteve encontros, nomeadamente, com o Presidente comoriano, Ahmed Abdallah Sambi, e com o ministro das Finanças, Mohamed Ali Soilihi.
Fonte oficial indicou que essa normalização traduziu-se pelo perdão da dívida comoriana e pela concessão de uma ajuda de cerca de 20 milhões de euros, ou seja 10 biliões de francos comorianos, para financiar diversos projectos de desenvolvimento.
Desde 1993, o BAD não intervinha nas ilhas Comores devido aos atrasos de pagamento da dívida, de acordo com Gaye, que precisou que o apuramento destes atrasos de pagamento, aprovado em Dezembro de 2007, foi concluído em Janeiro de 2009.
Os projectos a serem financiados no âmbito da ajuda concedida pelo BAD abrangem todas as ilhas Comores, indicou Christine Baumont, membro da missão do BAD e economista chefe do Departamento nacional.
Precisou que o programa será adoptado em três fases pelo Conselho de Administração do BAD em Abril, Junho e Setembro próximos.
"Submetemos vários projectos", disse Siti Soifia Tadjidine, comissário-geral para a Planificação, para quem cabe, no entanto, ao BAD reter os que parecem prioritários em função dos fundos e das competências.
A título do perdão da dívida a favor das Comores, o BAD retomou 70 por cento desta dívida, ou seja 32 milhões de dólares americanos, enquanto outros doadores de fundos reembolsaram cerca de 29 por cento, e as próprias ilhas Comores um por cento, devendo apenas à instituição o passivo corrente de um milhão 240 mil e 650 euros, ou seja 610,4 milhões de francos comorianos.
Até final de 2008, o BAD concedeu às Comores dois milhões e 400 mil dólares americanos de ajuda orçamental no âmbito do programa pós-conflito aprovado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em Dezembro passado.