Agência Panafricana de Notícias

Humanitários apelam à ajuda a favor de deslocados na RD COngo

Kinshasa, RD Congo (PANA) - O `Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançou um apelo à comunidade internacional para ajudar pessoas deslocadas pela violência a reconstruírem a sua vida e reconstituírem os seus meios de subsistência, soube a PANA de fonte oficial.

O apelo foi lançado enquanto esforços diplomáticos prosseguem a fim de pôr fim aos combates no leste da República Democrática do Congo (RDC), segundo a mesma fonte.

Desde o início do ano de 2025, o Movimento de 23 de Março (M23, rebelião armada), apoiado pelo Rwanda, combate as Forças Armadas da RDC (FARDC), ocupando as cidades chaves como Goma e Bukavu, respetivamente as capitais das províncias de Kivu-Norte e Sul (leste).

Atos de violência levaram mais de um milhão de pessoas a deslocarem-se nas duas províncias supracitadas e na de Ituri (leste).

Expressando-se a partir da aldeia de Sake, em Kivu-Norte, o representante residente do PNUD, Damien Mama, disse ter-se encontrado com uma senhora cuja cada foi destruída após a ter abandonado face ao avanço dos combatentes rebeldes em janeiro último.

“Ter cinco filhos, você pode imaginar o que isto representa”, queixava-se sexta-feira última a senhora Mama.

Ela disse que a sua família tinha recebido alimentos e um abrigo temporário. mas ela precisa de regressar à sua fazenda a fim de continuar a cultivar a terra e reconstruir a sua casa.

Todas estas pessoas nobamente deslocadas pelo avanço dos rebeldes do M23 juntam-se 
às cinco milhões outras que já vivem em campos de deslocados no leste da RD Congo.

Os profissionais de saúde advertiram várias vezes que as condições do sobrepovoamento e insalubridade favoreciam um ambiente propício à propagação de  doenças como a variola de macacos, a cólera e o sarampo.

Atendendo à amplitude das necessidades, é urgente que pequenas empresas obtenham a ajuda de que precisam para arrançcar de novo, propondo atividades geradoras de receitas para mulheres e jovens, criando empregos", insistiu o diretor do PNUD.

Frisou que a economia foi muito afetada e que os banco fecharam, que empresas foram destruídas e muitas funcionam doravante com menos de 30 por cento da sua capacidade, o que, a seu ver, desfere ui, golpe duro nas suas atividades.

Todavia, o PNUD manifestou a sua determinação a ajudar numerosas mulheres e raparigas afetadas por níveis alarmantes de violência sexual.

Isto dá eco a um alerta lançado em maio último pelo Fundo das Nações Unidas para a Criança (UNICEF), segundo o qual, durante a fase mais intensa do conflito deste ano de 2025, uma criança estava a ser violada em cada meia-hora.

Nos próximos cinco meses, o PNUD tencional apoiar a criação de mil empregos e restaurar infraestruturas de base, a favor de cerca de 15.000 pessoas, segundo a mesma fonte.

Para tal, a agência das Nações Unidas precisará de 25.000.000 dólares americanos.

Até ao momento, prosseguiu, obtivemos 14.000.000 de dólares americanos  graças à  Coreia (do Su), ao Canadá, ao Reino Unido e à Suécia,

“O nosso apelo será no sentido de encorajar outros países e doadores a fornecerem-nos 11.000.000 de dólares americanos restantes”, concluiu.

-0- PANA MA/NFB/JSG/DD 16junho2025