Agência Panafricana de Notícias

Grupo terrorista Al Shabaab da Somália impedido de recrutar combatentes em mesquitas quenianas

Nairobi, Quénia (PANA) - As forças de segurança do Quénia intensificaram a campanha contra o grupo terrorista Al Shabaab, baseado na Somália, impedindo-o de utilizar mesquitas quenianas para recrutar combatentes com vista à sua guerra mortífera contra o Governo de Transição da Somália.

Ernest Munyi, comissário provincial da Costa, disse que o Governo queniano está consciente de que várias mesquitas eram bases de recrutamento de combatentes do Al Shabaab.

"Sabemos que há líderes religiosos que permitem que as suas mesquitas sejam utilizadas para discutir sobre o recrutamento dos fiéis depois de orações", declarou Munyi terça-feira após a detenção de cinco pessoas suspeitas de ligações com Al-Shabaab que ameaça cometer atentados terroristas no Quénia.

Ele convidou as mulheres que conhecem as mães, cujos filhos foram recrutados pelo Al Shabaah, a contactarem as autoridades locais para que sejam informadas sobre o que está a acontecer .

A policia indica que cinco suspeitos participaram num exercicio de treino para o terrorismo, no Quénia, que consistiu nomeadamente na utilização e fabrico de explosivos.

A região costeira do Quénia, suspeita de abrigar células de treino terroristas e utilizada pela rede Al-Qaeda, anteriormente liderada por Ussama Ben Laden, para planejar suas operações no leste de África, tornou-se numa zona de recrutamento predileta para terroristas.

Recentemente, habitantes da cidade de Lamu, na mesma região, manifestaram-se publicamente contra o recrutamento constante dos jovens quenianos pelo grupo Al Shabaab.

Pelo menos 50 recrutas do Al Shabaab de Lamu e dos arredores foram abatidos em combates na Somália, segundo habitantes desta cidade.

Por outro lado, a Comissão Parlamentar de Defesa convocou o ministro da Segurança Interna, George Saitoti, o ministro da Defesa Hajji Yusuf e o chefe do Estado-Maior, general Jeremiah Kianga, para esclarecer a situação da segurança no Quénia. a sécurité au Kenya.

Estes três oficiais serão ouvidos pela comissão parlamentar sobre o recente massacre de 18 pessoas durante uma ação na fronteira, no norte do Quénia.

Milícias etíopes também teriam matado 40 Quenianos que regressavam de uma feira etíope etíope na fronteira entre os dois países.

-0- PANA AO/SEG/FJG/TBM/IBA/CCF/DD 10maio2011