Gana pede reparações de danos de escravatura em África
Accra, Gana (PANA) - O Presidente ganense, John Mahama, defendeu “a responsabilidade mundial e a justiça reparadora para se fazer fase às heranças persistentes da escravatura, do colonialismo e da exploração neocolonial”, soube a PANA de fonte oficial.
Na sua mensagem, por ocasião do Dia de África de 2025, celebrado domingo último, 25 de maio, Mahama evocou as consequências duradouras de séculos de exploração, desapropriação e desigualdade estrutirante impostas ao continente africano e à sua diáspora.
"Durante demasiado tempo, a herança da escravatura, do colonialismo e do neocolonialismo deixou uma sombra na vida e no progresso dos africanos e dos descendentes africanos", indignou-se o chefe do Estado ganense.
A seu ver, estas injustiças históricas deixaram profundas cicatrizes., e as reparações não são simplesmente as compensações financeiras, “mas o reconhecimento dos dados profundos e duradouros infligidos ao nosso povo.”
O estadista ganense foi citado, nessa ocasião, pela imprensa local como tendo reafirmado o seu compromisso em levar a cabo a campanha da UA de pedido de reparações para estes danos causados ao povo africano.
Para o efeito, apelou à solidarité e ação coletiva dos dirigentes africanos, das instituições e comunidades da diápora.
“Enquanto campeão da UA por esta causa essencial, estou profundamente determinado a trabalhar com vocês todos para atingirmos este objetivo vital", declarou Mahama, acrescentando que "devemos enfrentar as verdades constrangedoras do nossos passado e tomar as medidas concretas a fim de corrirmos estes erros."
A visão do Presidente ganense baseia-se num quadro global de justiça que compreende pedidos de desculpas oficiais por parte das antigas potências coloniais e das instituições que se aproveitaram da exploração de África.
Frisou que os Áfricanos buscam a justiça, uma justiça que englobe uma panóplia completa de medidas, incluindo pedidos de desculpas oficiais e inequívocos por parte das nações e instituições responsáveis da perpetuação destas injustiças históricas", conclui o Presidente do Gana, cumulativamente Presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
-0- PANA MA/NFB/JSG/SOC/DD 26maio2025