Agência Panafricana de Notícias

FIJ condena assassinato de jornalista na Somália

Nairobi- Quénia (PANA) -- A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) condenou o assassinato de Said Tahiil Ahmed, director de HornAfrik, uma estação radiotelevisiva da capital somalí, Mogadíscio, refere um comunicado a que a PANA teve acesso sexta-feira em Nairobi (Quénia).
Tahiil foi morto a tiro, a 4 de Fevereiro corrente, na capital somalí, abalada por uma anarquia.
"Condenamos este assassinato que é a consequência da anarquia prevalecente na Somália", declarou Gabriel Baglo, director do Gabinte África da FIJ na referida nota.
Baglo sublinhou que "este crime, o segundo do género cometido desde o início do ano em curso, demonstra que as organizações criminosas estão animadas por uma loucura mortífera na Somália e que os jornalistas constituem claramente os seus alvos".
Segundo a Coligação Somalí para a Liberdade de Expressão, desconhecidos armados, suspeitos de pertencerem às milícias que operam na capital, abateram Tahliil perto de Bakare, no centro de Mogadíscio.
A organização indicou que as milícias opostas às negociações de paz que decorreram no vizinho Djibouti, poderão estar envolvidos no assassinato de Tahliil por causa da cobertura pela sua cadeia da eleição do Presidente somalí, a 30 de Janeiro último, no Djibuti.
Alguns destes grupos teriam avisado os orgãos de imprensa na Somália para deixarem de fazer reportagens sobre o processo de paz.
Tahliil é o segundo jornalista assassinado na Somália desde o início do ano em curso.
A 1 de Janeiro passado, Hassan Mayou Hassan, da Rádio Shabelle, em Afgooye, no sudoeste de Mogadísscio, foi morto por uma milícia pró-governamental.
"As novas autoridades somalis devem pôr termo às actividades destes bandos criminosos que terrorizam os orgãos de imprensa.
Há factos que merecem ser relatados na Somália, mas, os jornalistas não conseguem fazer correctamente o seu trabalho pois são ameaçados de morte", indicou Baglo.