Agência Panafricana de Notícias

Empresária angolana compra 40% de transportadora aérea cabo-verdiana

Praia, Cabo Verde (PANA) - A empresária angolana Isabel dos Santos vai adquirir 40 porcento do capital da companhia área privada cabo-verdiana Halcyonair, um negócio que deverá estar concluído na primeira quinzena de janeiro de 2013, apurou a PANA de fonte empresarial.

A notícia da entrada da empresária angolana como acionista da primeira empresa privada no ramo da aviação civil em Cabo Verde já era alvo de especulação na imprensa cabo-verdiana que vê nela uma oportunidade para a transportadora, atualmente em profunda crise que levou à suspensão dos voos inter-ilhas, voltar a operar nos céus do arquipélago e da sub-região oeste-africana.

Primeira empresa de aviação privada do país, a Halcyonair Cabo Verde Airways iniciou a sua atividade a 31 de julho de 2008, com um aparelho e voos diários entre as ilhas de Sal, Santiago e São Vicente. Duas semanas mais tarde, começou a voar para a Boa Vista e para o Fogo.

Em 2010, a empresa comprou um segundo aparelho, mas desde os meados de
2011 entrou numa profunda crise financeira, como reconheceu o seu Presidente, Jorge Spencer Lima.

Neste momento, a companhia está praticamente parada e à espera deste negócio que deverá ser concluído, o mais tarde, até à primeira quinzena de janeiro, faltando apenas fechar detalhes relativos a alguns acionistas que não pretendem deixar a empresa e que veem agora, com a entrada de capital, uma oportunidade de potenciar a Halcyonair.

No entanto, fontes ligadas às negociações asseguram que está praticamente posta de lado a hipótese de vender a companhia aérea na sua totalidade, como terá sugerido Isabel dos Santos quando confrontada com a possibilidade de entrar no negócio, durante uma visita à cidade da Praia.

Este vai ser o segundo investimento que a empresária, filha do Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, vai realizar no mercado cabo-verdiano depois de a empresa a
Unitel Internacional, de que é acionista maioritária, assumir, no passado mês de outubro, o controlo acionista da cabo-verdiana T+, operadora de serviços de telecomunicações por rede fixa, telecomunicações móveis e Internet e que detém uma quota de 25% no mercado de Cabo Verde.

Além destas aquisições, o jornal cabo-verdiano “A Nação” noticiou a possibilidade de a empresária angolana entrar também no capital social do Banco Cabo-Verdiano de Negócios (BCN), a primeira instituição bancária com 100 porcento de capital cabo-verdiano em toda a história do sistema financeiro do arquipélago.

-0- PANA CS/TON 18 dez 2012