Agência Panafricana de Notícias

Eleitorado africano cobiçado na Bélgica

Bruxelas- Bélgica (PANA) -- O Movimento Reformador (MR-liberal) não foi bastante aberto às novas comunidades provenientes da imigração, deplorou terça-feira, Louis Michel, líder da lista desta formação política nas eleições legislativas europeias, para explicar os maus resultados do seu partido nos escrutínios de domingo último na Bélgica.
Enquano as sondagens designavam o MR como vencedor nas eleições regionais em Valónia, os resultados deram a vitória ao Partido Socialista (PS), formação que controla a maioria nesta região há mais de 20 anos.
Todos os partidos políticos atribuíram uma larga posição aos candidatos provenientes da imigração e nomeadamente aos Belgas de origem africana.
Em Matonge, o bairro africano de Bruxelas, todas as paredes estavam cheias de cartazes com as fotos dos Africanos e especialmente dos Belgas de origem congolesa, salvo para o MR, uma formação que os Congoleses já não apreciam.
Com efeito, os radicais congoleses do Grupo Bana Congo, muito activos na Bélgica, realizaram campanha contra o Partido de Louis Michel, apntando a este as suas amizades manifestas com o Presidente Joseph Kabila.
De repente, não havia nenhum cartaz do MR em Matonge, bairro frequentado pelos Africanos, mas igualmente pelos Belgas de origem e por outros Europeus em busca do exotismo.
Todos os líderes dos partidos políticos realizaram campanha em Matonge, acompanhados dos candidatos congoleses que figuravam nas listas das suas formações.
O Centro Democrata Humanista (CDH), de orientação cristã tinha vários cartazes com Congoleses ao lado de Joelle Milquet, a presidente desta formação.