DA impugna lei sobre quotas de emprego na África do Sul…
DD Agência Panafricana de Notícias
DA impugna lei sobre quotas de emprego na África do Sul
Pretória, África do Sul (PANA) -A Aliança Democrática (DA, sigla em inglês) contesta uma nova lei sobre a equidade em matéria de emprego, que impõe quotas de emprego a pessoas não de raça branca, soube a PANA de fonte oficial.
A 6 de maio corrente, a DA (principal partido de oposição na África do Sul), recorreu à justiça para impugnar esta legislação, implementada recentemente no país, qualificando-a de “inconstitucional”,
A seu ver, trata-se de uma “uma descriminação invertida e um excesso de controlo estatal, em detrimento do crescimento e do investimento."
De facto, a nova lei impõe a empresas quotas precisas para o emprego de pessoas não de raça branca com o fito de ”corrigir desigualdades herdadas do regime do apartheid (segregacionista).
“A Aliança Democrática afirma claramente que o aceso ao emprego na África do Sul deve ser equitativo para todos, sem distinção de raça nem de sexo. Cada pessoa neste país deve beneficiar das mesmas oportunidades de aceder a um emprego”, declarou o porta-voz do mesmo partido para o Emprego, Michael Bafraim.
Avançou que o seu partido acredita com firmeza na reparação, pois, prosseguiu, “é a única forma de se obter uma justiça verdadeira e se virar esta página sombria. Precisamos hoje é de um acesso (ao trabalho) para todos”, reiterou.
Por sua vez, o Congresso Nacional Africano (ANC, partido no poder), e principal parceiro de coligação da DA, condenou com firmeza a atuação desta última.
Acusou-a de “querer preservar o statu quo económico herdado do apartheid e estorvar os esforços de transformação do país, envidados pelo Governo sul-africano."
De facto a questão racial permanece uma implicação melindrosa na África do Sul, onde persistem desigualdades no setor empresaria, há mais de 30 anos após o fim do apartheid.
A lei emendada sobre a equidade, em matéria de emprego visa corrigir estes desequilíbrios, mas o texto revela uma nova fratura no seio da coligação de unidade nacional, já fragilizada pelas oposições anteriores da DA a uma reforma da educação defendida pelo ANA e pelo aumento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).