Luanda, Angola (PANA) - A China reafirmou o seu comprometimento em continuar a participar no desenvolvimento de Angola, no âmbito da cooperação diplomática, soube a PANA de fonte oficial.
A posição da China foi expressa à imprensa domingo último, em Luanda, pela encarregada de negócios da da sua Embaixada em Angola Chen Feng, à margem duma visita guiada a jornalistas de diferentes órgãos de imprensa à Embaixada chinesa, em Luanda.
A diplomata realçou, nessa ocasião, o facto de as empresas chinesas terem empregado já acima de 400.000 angolanos.
Aproveitou a oportunidade para refutar “a ideia de simples interesse com lucros”, reiterando no entanto o compromisso e comprometimento das empresas chinesas com Angola e as pessoas, sobretudo.
Segundo Chen Feng, o interesse das empresas chinesas em Angola “vão muito além do comércio e petróleo, tendo apresentado registos significativos de investimentos nos setores da agricultura e da indústria transformadora, assim como a oferta de formação técnica profissional que, até ao momento, somam um total de 250.000 beneficiados."
No que diz respeito às atividades no campo social, a encarregada de Negócios da Embaixada da China fez saber que as ações de responsabilidade executadas pelas empresas chinesas representam um investimento de mais de 20.000.000 dólares americanos ao longo destes anos.
A visita guiada supracitada inscreveu-se no quadro dea comemoração, no mesmo dia, de 42 anos de cooperação diplomática e económica entre Angola e a República Popular da China.
No total, de acordo com os dados, já estão em Angola 400 empresas formais chinesas, responsáveis pela criação de milhares de postos de trabalho e pela profissionalização dos quadros.
A China é, atualmente, o maior credor de Angola, ao abrigo de várias linhas de crédito abertas pelo Governo de Beijing (capital chinesa), através de bancos estatais.
Desde 2007, Angola é o maior parceiro comercial da China em África, com um volume de negócios que registou, só em 2010, um total de 24.800.000.000 dólares americanos.
Em 2011 e nos primeiros oito meses de 2012, foi o segundo maior parceiro comercial da China em África, depois da África do Sul.
Dez anos mais tarde, o valor das trocas comerciais com a China ascendeu a 61 por cento, isto é, para 5.550.000.000 dólares.
Em 2018, ano em que o Presidente angolano, João Lourenço, esteve em Beijing, a China aprovou uma nova linha de financiamento de 2.000.000.000 dólares americanos.
Esta parceria assenta na igualdade e benefícios mutuamente vantajosos e, além de contribuir para o desenvolvimento dos dois países, tem estado a ajudar no estabelecimento de uma nova ordem política e económica internacional e promover a democratização das relações internacionais.
Em Angola, a China opera nos mais variados domínios da vida económica e social do país, com forte presença nas áreas de formação de quadros, tendo sido fundamental na construção e apetrechamento do Centro Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC), na província do Huambo (centro), e da Academia Diplomática Venâncio de Moura, em Luanda, e bolsas de estudo para jovens angolanos.
As relações entre Angola e a China datam de 1983 e conheceram o ponto mais alto a partir de 2000, quando o gigante asiático começou a fazer empréstimos ao país para a reconstrução de infraestruturas destruídas pela guerra e para alavancar a economia nacional.
-0- PANA JA/DD 13jan2025