PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde sob ameaça terrorista da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Governo cabo-verdiano confirmou que os seus aeroportos e os dos outros Estados-membros da CEDEAO estão sob ameaça terrorista da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), que apoia o Movimento Nacional para a Libertação de Azawad (MNLA), no norte do Mali, apurou a PANA quinta-feira de fonte bem informada.
Segundo o semanário cabo-verdiano “A Nação”, a “intimidação” da AQMI é dirigida a todos os países da África Ocidental e na sequência da recente reunião do Comité dos Chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), que decidiu enviar uma força de intervenção ao Mali para repor a ordem constitucional neste país oeste-africano.
Face a esta decisão, as duas organizações (AQMI e MNLA) ameaçam explodir os aeroportos dos países da CEDEAO e de mais alguns Estados africanos como a Somália, o Quénia, o Tchad e o Gabão, assim como as embaixadas dos Estados Unidos, de França e do Reino Unido.
Num despacho retomado por vários outros órgãos da imprensa local e internacional, o jornal escreve que, após a receção da missiva com a referida ameaça, as autoridades cabo-verdianas "acionaram um conjunto de diretivas” para levar essa intimidação ao “pé da letra”.
Neste sentido, o Governo cabo-verdiano informou a Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) e as companhias aéreas que operam no país da “necessidade de tomada de medidas de segurança excecionais”.
O ministro cabo-verdiano da Defesa Nacional, Jorge Tolentino, garantiu que “os mecanismos de prevenção foram acionados e funcionaram normalmente com a eficácia e discrição que se impunham”.
Para este governante cabo-verdiano, a ameaça “tem a ver com a instabilidade reinante no Mali e na Guiné-Bissau”, tendo os grupos terroristas dessa zona lançado "uma ameaça generalizada a todos os países da sub-região”.
Jorge Tolentino esclareceu ainda que “a ameaça se mantém" e está a ser tratada "com toda a seriedade e com discrição que se impõe sem alarmismo, porque, sobretudo, independentemente dessa ameaça, temos a consciência da situação na região e temos de trabalhar com isso, ou seja temos de aprender a conviver com este tipo de situação”.
De recordar que a falta de medidas apropriadas por parte do Governo maliano para conter o avanço da rebelião tuaregue no norte do país esteve na origem do golpe de Estado protagonizado por militares a 21 de março passado.
No entanto, a sublevação militar teve um efeito totalmente contrário, uma vez que acabou por permitir que a AQMI, um grupo islamita com alegadas ligações à Al-Qaeda, e o MNLA se apoderassem de toda a região norte do Mali e proclamassem, a 7 de abril passado, a independência do território ocupado militarmente.
Contudo, a declaração da “independência de Azawad” foi de imediato repudiada pela comunidade internacional, tendo o Conselho de Segurança das Nações Unidas exortado a CEDEAO a preparar uma proposta visando a constituição de uma força de estabilização no Mali, capaz de levar a paz e a estabilidade a este país.
-0- PANA CS/IZ 16ago2012
Segundo o semanário cabo-verdiano “A Nação”, a “intimidação” da AQMI é dirigida a todos os países da África Ocidental e na sequência da recente reunião do Comité dos Chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), que decidiu enviar uma força de intervenção ao Mali para repor a ordem constitucional neste país oeste-africano.
Face a esta decisão, as duas organizações (AQMI e MNLA) ameaçam explodir os aeroportos dos países da CEDEAO e de mais alguns Estados africanos como a Somália, o Quénia, o Tchad e o Gabão, assim como as embaixadas dos Estados Unidos, de França e do Reino Unido.
Num despacho retomado por vários outros órgãos da imprensa local e internacional, o jornal escreve que, após a receção da missiva com a referida ameaça, as autoridades cabo-verdianas "acionaram um conjunto de diretivas” para levar essa intimidação ao “pé da letra”.
Neste sentido, o Governo cabo-verdiano informou a Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) e as companhias aéreas que operam no país da “necessidade de tomada de medidas de segurança excecionais”.
O ministro cabo-verdiano da Defesa Nacional, Jorge Tolentino, garantiu que “os mecanismos de prevenção foram acionados e funcionaram normalmente com a eficácia e discrição que se impunham”.
Para este governante cabo-verdiano, a ameaça “tem a ver com a instabilidade reinante no Mali e na Guiné-Bissau”, tendo os grupos terroristas dessa zona lançado "uma ameaça generalizada a todos os países da sub-região”.
Jorge Tolentino esclareceu ainda que “a ameaça se mantém" e está a ser tratada "com toda a seriedade e com discrição que se impõe sem alarmismo, porque, sobretudo, independentemente dessa ameaça, temos a consciência da situação na região e temos de trabalhar com isso, ou seja temos de aprender a conviver com este tipo de situação”.
De recordar que a falta de medidas apropriadas por parte do Governo maliano para conter o avanço da rebelião tuaregue no norte do país esteve na origem do golpe de Estado protagonizado por militares a 21 de março passado.
No entanto, a sublevação militar teve um efeito totalmente contrário, uma vez que acabou por permitir que a AQMI, um grupo islamita com alegadas ligações à Al-Qaeda, e o MNLA se apoderassem de toda a região norte do Mali e proclamassem, a 7 de abril passado, a independência do território ocupado militarmente.
Contudo, a declaração da “independência de Azawad” foi de imediato repudiada pela comunidade internacional, tendo o Conselho de Segurança das Nações Unidas exortado a CEDEAO a preparar uma proposta visando a constituição de uma força de estabilização no Mali, capaz de levar a paz e a estabilidade a este país.
-0- PANA CS/IZ 16ago2012