PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde apoia ofensiva militar internacional no Mali
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, exprimiu esta segunda-feira o apoio de Cabo Verde à ofensiva militar internacional no Mali, sublinhando que a presença de grupos terroristas naquele país "põe em perigo a estabilidade em África", soube a PANA na cidade da Praia de fonte oficial.
Jorge Carlos Fonseca, que falava a jornalistas sobre os recentes acontecimentos no Mali onde forças francesas intervieram no último fim de semana ao lado do Exército maliano para impedir o avanço dos combatentes islamitas em direção ao sul, considera que a situação é "preocupante".
"Acompanhamos a situação com muita preocupação”, precisou o chefe do Estado cabo-verdiano, afirmando que mesmo antes da intervenção francesa “a situação já era preocupante, pois se trata de um país cuja integridade territorial foi posta em causa e está posta em causa".
Para Jorge Carlos Fonseca, é necessário ter em conta a ocorrência de “fenómenos mais graves, como as atividades de grupos terroristas e extremistas, que podem pôr em causa não só a soberania do Mali, mas também constituir um foco de instabilidade para toda a África Ocidental".
Ele lembrou que as exigências de Cabo Verde passam pelo respeito da integridade territorial do Mali e com este propósito uma delegação chefiada pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, vai estar presente na Cimeira Extraordinária da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) sobre o Mali, marcada para quarta-feira em Abidjan, na Côte d’Ivoire.
O Presidente cabo-verdiano indicou que não estará presente na Cimeira da CEDEAO por ter sido convidado pelo seu homólogo sul-africano, Jacob Zuma, bem como pela Confederação Africana de Futebol (CAF), para assistir à cerimónia de abertura do Campeonato Africano das Nações (CAN), onde Cabo Verde defrontará a equipa anfitriã, a África do Sul, no jogo inaugural da prova a 19 de janeiro.
Jorge Carlos Fonseca reconheceu que "há um esforço firme e determinado da comunidade internacional para pôr fim à ocupação ilegal de boa parte do Mali por forças terroristas e extremistas”.
Segundo ele, o apoio que Cabo Verde pode dar "é político e diplomático e não militar para que esse esforço tenha resultados positivos”.
Os primeiros reforços prometidos pelos países da África Ocidental eram esperados segunda-feira no Mali, onde se deverão juntar às forças malianas que, com o apoio aéreo de França, impedem desde sexta-feira o avanço dos combatentes islamitas em direção ao sul.
O Conselho de Segurança da ONU votou em dezembro uma resolução que cria uma força africana de 3.300 homens para ajudar o Mali a reconquistar o Norte nas mãos de grupos islamitas desde o ano passado.
Entre os grupos islâmicos armados que dominam o norte do Mali figuram a Al-Qaida no Magrebe Islâmico (AQMI), o Ansar Dine e o Movimento para a Unicidade e a Jihad na África Ocidental (MUJAO).
-0- PANA CS/TON 14jan2013
Jorge Carlos Fonseca, que falava a jornalistas sobre os recentes acontecimentos no Mali onde forças francesas intervieram no último fim de semana ao lado do Exército maliano para impedir o avanço dos combatentes islamitas em direção ao sul, considera que a situação é "preocupante".
"Acompanhamos a situação com muita preocupação”, precisou o chefe do Estado cabo-verdiano, afirmando que mesmo antes da intervenção francesa “a situação já era preocupante, pois se trata de um país cuja integridade territorial foi posta em causa e está posta em causa".
Para Jorge Carlos Fonseca, é necessário ter em conta a ocorrência de “fenómenos mais graves, como as atividades de grupos terroristas e extremistas, que podem pôr em causa não só a soberania do Mali, mas também constituir um foco de instabilidade para toda a África Ocidental".
Ele lembrou que as exigências de Cabo Verde passam pelo respeito da integridade territorial do Mali e com este propósito uma delegação chefiada pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, vai estar presente na Cimeira Extraordinária da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) sobre o Mali, marcada para quarta-feira em Abidjan, na Côte d’Ivoire.
O Presidente cabo-verdiano indicou que não estará presente na Cimeira da CEDEAO por ter sido convidado pelo seu homólogo sul-africano, Jacob Zuma, bem como pela Confederação Africana de Futebol (CAF), para assistir à cerimónia de abertura do Campeonato Africano das Nações (CAN), onde Cabo Verde defrontará a equipa anfitriã, a África do Sul, no jogo inaugural da prova a 19 de janeiro.
Jorge Carlos Fonseca reconheceu que "há um esforço firme e determinado da comunidade internacional para pôr fim à ocupação ilegal de boa parte do Mali por forças terroristas e extremistas”.
Segundo ele, o apoio que Cabo Verde pode dar "é político e diplomático e não militar para que esse esforço tenha resultados positivos”.
Os primeiros reforços prometidos pelos países da África Ocidental eram esperados segunda-feira no Mali, onde se deverão juntar às forças malianas que, com o apoio aéreo de França, impedem desde sexta-feira o avanço dos combatentes islamitas em direção ao sul.
O Conselho de Segurança da ONU votou em dezembro uma resolução que cria uma força africana de 3.300 homens para ajudar o Mali a reconquistar o Norte nas mãos de grupos islamitas desde o ano passado.
Entre os grupos islâmicos armados que dominam o norte do Mali figuram a Al-Qaida no Magrebe Islâmico (AQMI), o Ansar Dine e o Movimento para a Unicidade e a Jihad na África Ocidental (MUJAO).
-0- PANA CS/TON 14jan2013