Agência Panafricana de Notícias

Burundi luta contra varíola do macaco desde 2024

Bujumbura, Burundi (PANA) - O Burundi luta ativamente, desde finais de julho de 2024, contra a varíola do macaco (mpox), segundo um relatório do escritório local da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Desde finais de outubro de 2025, a patologia já afetou perto de 5.000 pessoas, particularmente, na faixa etária de 20 a 30 anos e criancas menores dos cinco anos de idade, repartidas em 46 dos 49 distritos sanitários do país, de acordo este documento da OMS, principal parceiro do Burundi contra esta doença viral mortal.

A taxa de cura nacional é de cerca de 100 por cento, com um único caso de morte registado até à data, assegura o relatório.

Nas zonas onde persiste o vírus situam-se em Bujumbura, a capital económica do país, particularmente no norte, os esforços de resposta foram intensificados, disse a mesma fonte.

A OMS diz ajudar principalmente o Governo burundês a elaborar protocolos de tratamento e reforçar as capacidades clínicas para o tratamento dos casos de mpox.

Por outro lado, apoio da OMS permite aos centros de tratamento desta doença proporcionarem cuidados médicos gratuitos a todos os pacientes em causa.

A assistência médica completa inclui portanto os cuidados médicos, a alimentação, a assistência psicológica e a prevenção.

A intervenção da OMS consiste igualmente no reforço das capacidades locais, na criação de equipas de intervenção rápida, na formação dos profissionais de saúde, na supervisão dos locais de diagnóstico, na distribuição do material de tratamento, na desinfestação das habitações afetadas e em ações de sensibilização pelos órgãos da comunicação social e escolas.

A OMS realçou o compromisso comunitário e o apoio institucional, regozijando-se com o desempenho das unidades de cuidados médicos que deu esperança a numerosas famílias afetadas pela varíola do macaco.

A patologia caracteriza-se pela febre, pela erupção cutânea, por dores articulares e musculares, pela fadiga e por gânglios linfáticos inflamados.

O contágio faz-se pelo contacto direto com um animal infectado, como macacos ou roedores, por cantacto direto com fluidos corporais ou lesões cutâneas.

A transmissão também se faz pelo contacto indireto com objetos contaminados, como roupa e lençóis.

O vírus pode igualmente se propagar pelo ar, mas especialistas desta doença acham isto menos frequente.

-0- PANA FB/JSG/DD 06nov2025