Agência Panafricana de Notícias

Burundi comemora 17º aniversário de morte de ex-Presidente

Bujumbura, Burundi (PANA) – Os Burundeses comemoraram quarta-feira, num clima de recolhimento, o 17º aniversário da morte trágica no Rwanda do ex-Presidente burundês, Cyprien Ntaryamira, aos 39 anos de idade.

Cyprien Ntaryamira morreu a 6 de abril de 1994 com o seu homólogo rwandês, Juvénal Habyarimana, na sequência dum tiro de míssil em Kigali contra o avião "Falcon 50" que os transportava para uma Cimeira sobre a Paz e Segurança nos Grandes Lagos em Arusha, na Tanzânia.

O ministro burundês da Comunicação e porta-voz do Governo, Cyriaque Simbizi, e o seu homólogo da Planificação e Desenvolvimento, Bernard Ciza, bem como pilotos franceses ao serviço do ex-Presidente rwandês morreram igualmente no atentado.

Como em cada aniversário, os ilustres desaparecidos tiveram direito a um feriado, a uma missa de requiem e ao depósito de coras de flores nos seus túmulos no cemitério dos « Mártires da Democracia » no centro da cidade de Bujumbura.

Os aniversários seguem-se e são parecidos e o mistério continua a rodear as origens e o móbil do atentado.

Até agora, apenas um inquérito judicial francês foi aberto e acusou a Frente Patriótica Rwandesa (antiga rebelião atualmente no poder) do atentado, o que provocou a rutura das relações diplomáticas entre Kigali e Paris.

A abertura dum inquérito por um juiz francês se deve à morte no atentado dos pilotos franceses ao serviço do ex-Presidente rwandês.

A Frente para a Democracia no Burundi (FRODEBU), partido de origem do defunto Cyrprien Ntaryamira, reiterou quarta-feira a sua exigência por um inquérito mais sério agora que o contexto sociopolítico e de segurança começar a normalizar-se tanto ao nível nacional como sub-regional.

O efémero Presidente burundês apenas ficou no poder entre os meses de fevereiro e abril de 1994, antes de perder tragicamente a vida aos 39 anos de idade.

Cyprien Ntaryamira acabava de suceder a Melchior Ndadaye, que perdeu também a vida no termo de apenas três meses de poder após um golpe de Estado militar.

-0- PANA FB/TBM/SOC/MAR/TON 07abril2011