PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ataques aéreos do Exército francês no Mali fazem manchete na imprensa rwandesa
Kigali, Rwanda (PANA) - Os jornais rwandeses comentaram amplamente, nas suas edições de segunda-feira, o lançamento da operação militar francesa "Serval" em apoio às forças armadas do Mali, com o objetivo de desalojar os islamitas armados que ocupam o norte deste país da África Ocidental de onde a ameaça terrorista arriscaria estender-se a várias partes do continente.
Com o título "Crise maliana resolve-se com recurso à força militar", o diário governamental "Imvaho Nshya" afirma que, face ao recrudescimento duma ameaça terrorista e outros eventuais riscos, era preciso uma intervenção militar para combater os islamitas armados no norte do Mali.
"Tendo em conta o fracasso das negociações inicialmente engajadas entre o Governo maliano e diferentes grupos islamitas, dos quais a AQMI (Al Qaeda no Magrebe Islâmico), o MUJAO (Movimento para Unicidade e Jihad na África Ocidental) e o MNLA (Movimento Nacional de Libertação de Azawad), a comunidade internacional apenas pretendia uma solução militar como último recurso", escreve o jornal, que publica na sua manchete uma foto de soldados malianos em parada militar.
Para o jornal, os combatentes islamitas que controlam grande parte do norte do Mali pareciam aparentemente jogar para o prolongamento antes da constituição duma Força Internacional de Apoio ao Mali (MISMA) que deve intervir brevemente nesta região para bloquear o seu progresso.
"Os insurgentes queriam aproveitar o atraso no desdobramento desta força da MISMA para ganhar terreno face ao Exército maliano, incapaz de resistir ao avanço dos jihadistas", sublinha o Imvaho Nshya.
Por seu turno, o jornal na internet "Umuseke" afirma que a decisão de enviar uma força internacional ao norte do Mali para desalojar os combatentes islamitas, nomeadamente os do grupo "Ansar Eddine", foi acolhida de braços abertos por França.
Contudo, o jornal afirma na sua análise que, apesar desta determinação de França a pôr termo ao caos que reina atualmente no norte do Mali, esta intervenção não deverá em nenhum caso legitimar o facto de que as potências estrangeiras devem continuar a ingerir-se nos assuntos internos do Mali.
"Para uma solução duradoura à insegurança prevalecente no norte do Mali deveriam, antes mesmo dos ataques aéreos franceses, ser organizaadas consultas para que os países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) se preparassem para se engajar eficazmente nesta força sub-regional", escreve o Umuseke, que publica uma foto dos combatentes islamitas de Ansar Eddine algures no deserto no norte do Mali.
Para o "igihe.com", um outro diário de língua local, que comenta o fracasso duma recente operação levada a cabo pelas tropas francesas no sul da Somália para libertar um refém francês detido há muito tempo pela milícia islamita Al-Shabaab, "este género de intervenção realiza-se geralmente de maneira tão urgente, sem verdadeira solução duradoura para o povo da sub-região".
"No Mali, como na Somália, a ameaça terrorista persiste e as potências ocidentais devem trabalhar estreitamente com os seus pares africanos para pôr termo a este caos", conclui o jornal.
-0- PANA TWA/SSB/MAR/TON 14jan2013
Com o título "Crise maliana resolve-se com recurso à força militar", o diário governamental "Imvaho Nshya" afirma que, face ao recrudescimento duma ameaça terrorista e outros eventuais riscos, era preciso uma intervenção militar para combater os islamitas armados no norte do Mali.
"Tendo em conta o fracasso das negociações inicialmente engajadas entre o Governo maliano e diferentes grupos islamitas, dos quais a AQMI (Al Qaeda no Magrebe Islâmico), o MUJAO (Movimento para Unicidade e Jihad na África Ocidental) e o MNLA (Movimento Nacional de Libertação de Azawad), a comunidade internacional apenas pretendia uma solução militar como último recurso", escreve o jornal, que publica na sua manchete uma foto de soldados malianos em parada militar.
Para o jornal, os combatentes islamitas que controlam grande parte do norte do Mali pareciam aparentemente jogar para o prolongamento antes da constituição duma Força Internacional de Apoio ao Mali (MISMA) que deve intervir brevemente nesta região para bloquear o seu progresso.
"Os insurgentes queriam aproveitar o atraso no desdobramento desta força da MISMA para ganhar terreno face ao Exército maliano, incapaz de resistir ao avanço dos jihadistas", sublinha o Imvaho Nshya.
Por seu turno, o jornal na internet "Umuseke" afirma que a decisão de enviar uma força internacional ao norte do Mali para desalojar os combatentes islamitas, nomeadamente os do grupo "Ansar Eddine", foi acolhida de braços abertos por França.
Contudo, o jornal afirma na sua análise que, apesar desta determinação de França a pôr termo ao caos que reina atualmente no norte do Mali, esta intervenção não deverá em nenhum caso legitimar o facto de que as potências estrangeiras devem continuar a ingerir-se nos assuntos internos do Mali.
"Para uma solução duradoura à insegurança prevalecente no norte do Mali deveriam, antes mesmo dos ataques aéreos franceses, ser organizaadas consultas para que os países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) se preparassem para se engajar eficazmente nesta força sub-regional", escreve o Umuseke, que publica uma foto dos combatentes islamitas de Ansar Eddine algures no deserto no norte do Mali.
Para o "igihe.com", um outro diário de língua local, que comenta o fracasso duma recente operação levada a cabo pelas tropas francesas no sul da Somália para libertar um refém francês detido há muito tempo pela milícia islamita Al-Shabaab, "este género de intervenção realiza-se geralmente de maneira tão urgente, sem verdadeira solução duradoura para o povo da sub-região".
"No Mali, como na Somália, a ameaça terrorista persiste e as potências ocidentais devem trabalhar estreitamente com os seus pares africanos para pôr termo a este caos", conclui o jornal.
-0- PANA TWA/SSB/MAR/TON 14jan2013