Angola soma 35 cirurgias robóticas desde 2024, diz ministra
Luanda, Angola (PANA) - Angola já realizou 35 cirurgias robóticas com sucesso desde o início do programa em Agosto do ano passado, em urologia, cirurgia geral e ginecologia-obstetrícia, anunciou a ministra angolana da Saúde, Sílvia Lutucuta.
A governante avançou estes dados domingo durante uma visita ao Complexo de Doenças Cardiovasculares Dom Alexandre do Nascimento, em Luanda, onde recebeu uma atualização sobre as cirurgias urológicas e ginecológicas em curso.
Aproveitou a ocasião para reiterar o compromisso do Governo angolano com a inovação tecnológica e a capacitação contínua dos profissionais de saúde, destacando o impacto estratégico do programa.
"Estamos a testemunhar um momento histórico para a saúde em Angola. A cirurgia robótica não é apenas um avanço tecnológico, é uma ponte para o futuro da medicina no nosso país", sublinhou, citada num comunicado do seu pelouro, a que a PANA teve acesso.
Esta iniciativa, disse, reforça a nossa visão de garantir cuidados especializados de alta qualidade, acessíveis e sustentáveis, com base no conhecimento nacional e na cooperação internacional sólida.
Segundo a nota, esta visita enquadrou-se na Semana da Cirurgia Robótica, "uma iniciativa pioneira no continente africano, que representa um marco importante na modernização dos serviços de saúde em Angola.”
As intervenções cirúrgicas estão a ser conduzidas por equipas multidisciplinares, incluindo especialistas americanos e brasileiros, no âmbito de um acordo com a Advance Care, refere a nota.
Estas equipas, lê-se no mesmo documento, estão a trabalhar em estreita colaboração com profissionais angolanos em todas as fases do processo cirúrgico, como pré-operatório, intraoperatório e pós-operatório.
A governante visitou ainda o Centro de Formação do Complexo, onde será instalado um moderno programa de simulação cirúrgica, destinado ao treino contínuo de médicos angolanos.
A campanha de cirurgia robótica está a ser coordenada por uma especialista, Francisca Quifica, responsável geral da Cirurgia Robótica no Complexo Cardeal Dom Alexandre do Nascimento.
A equipa é composta por urologistas, ginecologistas, anestesistas, médicos internos de várias especialidades e profissionais de enfermagem.
Dela fazem igualmente parte profissionais provenientes de diversas unidades hospitalares, como o Hospital Geral de Cabinda (extremo litoral norte), o Hospital Materno-Infantil Azacont e o Hospital do Prenda, em Luanda.
O país também registou três telecirurgias, tendo sido a de maior distância realizada em junho último, o que é um marco importante no uso da tecnologia remota em medicina.
O facto posiciona Angola como o segundo país da África Subsariana a realizar, com sucesso, uma cirurgia robótica, lê-se no comunicado.
-0- PANA JA/DD 11agosto2025