PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Angola e Rússia assinam maior contrato de exploração de diamantes
Luanda, Angola (PANA) - A Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) assinou terça-feira, em Luanda, com a mineradora russa Alrosa, um contrato de exploração da mina do Luaxe, situada na província oriental angolana da Lunda-Sul e tida como a maior do país.
O contrato foi assinado nas instalações da sede da Endiama, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administração da Endiama, Carlos Sumbula, e pelo diretor da Alrosa, Sergei Ivanov, na presença do vice-primeiro ministro da Rússia, Yuri Trutnev, que se encontra em visita oficial a Angola.
Segundo fontes próximas do negócio, a mina deve começar a operar em princípios do próximo ano, com a promessa de oferecer dois mil empregos diretos.
Trata-se, de acordo com especialistas, do maior projeto económico de Angola fora do setor petrolífero, superando em alguns casos projetos da área dos petróleos, até agora principal fonte de receitas de exportação do país.
A previsão inicial é de o projeto funcionar ininterruptamente durante 30 anos, tempo útil da mina situada a quase 20 quilómetros de Catoca, outro projeto mineiro que, até recentemente, assegurava cerca de 75 porcento da produção nacional de diamantes.
Com uma reserva estimada em mais de 350 milhões de quilates, o Luaxe é apresentado como uma das maiores minas de diamantes do Mundo, depois da sua descoberta há quase três anos no quadro de um programa da Endiama para a prospeção de novos kimberlitos.
Dados preliminares indicam que o Luaxe produzirá oito milhões de quilates por ano, o que representa praticamente a totalidade da atual produção de Angola que é de 8,2 milhões de quilates.
Admite-se, entretanto, que venha produzir muito mais do que previsto, uma vez que os dados "são bastante conservadores", segundo a mesma fonte citada pela imprensa angolana, acrescentando que “podemos estar em presença do maior kimberlito do Mundo”.
Os trabalhos de prospeção estão praticamente concluídos, faltando apenas terminar os estudos de viabilidade técnica, económica e financeira e mobilizar os necessários recursos financeiros para a montagem final da mina.
Pesquisas científicas que precederam o projeto Luaxe sobre a origem dos diamantes explorados em Angola nos últimos 100 anos permitiram concluir que apenas 10 porcento dos aluvionares procedem de kimberlitos conhecidos e que os restantes 90 porcento estão ainda por descobrir, em kimberlitos desconhecidos.
Em declarações à imprensa, Carlos Sumbula disse que o valor do investimento vai depender dos resultados do estudo de viabilidade técnico-económica do projeto, que está a ser realizado, para a posterior mobilização dos financiamentos para a montagem da central de tratamento.
"Fizemos com que Catoca fosse parceira do Luaxe, com a ajuda da Alrosa e do Banco VTB, que vai permitir a busca de financiamento no mercado aberto", disse.
Por seu turno, Sergey Ivanov realçou que, em cumprimento de orientações das mais altas autoridades de Angola e da Rússia, estão a ser realizados trabalhos intensivos para o reforço da cooperação entre os dois países.
"Posso garantir aos nossos parceiros que vamos reforçar a cooperação na área produtiva, fazendo recurso às indústrias russas com tecnologias que podem ser implementadas no solo angolano com vista ao aumento de postos de trabalho e receitas fiscais", disse.
Para além da Endiama e da Alrosa, detentoras de oito porcento cada do capital social, a concessão mineira do Luaxe será participada maioritariamente pela Catoca, com 50,5 porcento, seguida pela Artcon com 23,3 porcento, pela Makakuima (5,2) e pela Kollur (5%).
-0- PANA IZ 24maio2017
O contrato foi assinado nas instalações da sede da Endiama, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administração da Endiama, Carlos Sumbula, e pelo diretor da Alrosa, Sergei Ivanov, na presença do vice-primeiro ministro da Rússia, Yuri Trutnev, que se encontra em visita oficial a Angola.
Segundo fontes próximas do negócio, a mina deve começar a operar em princípios do próximo ano, com a promessa de oferecer dois mil empregos diretos.
Trata-se, de acordo com especialistas, do maior projeto económico de Angola fora do setor petrolífero, superando em alguns casos projetos da área dos petróleos, até agora principal fonte de receitas de exportação do país.
A previsão inicial é de o projeto funcionar ininterruptamente durante 30 anos, tempo útil da mina situada a quase 20 quilómetros de Catoca, outro projeto mineiro que, até recentemente, assegurava cerca de 75 porcento da produção nacional de diamantes.
Com uma reserva estimada em mais de 350 milhões de quilates, o Luaxe é apresentado como uma das maiores minas de diamantes do Mundo, depois da sua descoberta há quase três anos no quadro de um programa da Endiama para a prospeção de novos kimberlitos.
Dados preliminares indicam que o Luaxe produzirá oito milhões de quilates por ano, o que representa praticamente a totalidade da atual produção de Angola que é de 8,2 milhões de quilates.
Admite-se, entretanto, que venha produzir muito mais do que previsto, uma vez que os dados "são bastante conservadores", segundo a mesma fonte citada pela imprensa angolana, acrescentando que “podemos estar em presença do maior kimberlito do Mundo”.
Os trabalhos de prospeção estão praticamente concluídos, faltando apenas terminar os estudos de viabilidade técnica, económica e financeira e mobilizar os necessários recursos financeiros para a montagem final da mina.
Pesquisas científicas que precederam o projeto Luaxe sobre a origem dos diamantes explorados em Angola nos últimos 100 anos permitiram concluir que apenas 10 porcento dos aluvionares procedem de kimberlitos conhecidos e que os restantes 90 porcento estão ainda por descobrir, em kimberlitos desconhecidos.
Em declarações à imprensa, Carlos Sumbula disse que o valor do investimento vai depender dos resultados do estudo de viabilidade técnico-económica do projeto, que está a ser realizado, para a posterior mobilização dos financiamentos para a montagem da central de tratamento.
"Fizemos com que Catoca fosse parceira do Luaxe, com a ajuda da Alrosa e do Banco VTB, que vai permitir a busca de financiamento no mercado aberto", disse.
Por seu turno, Sergey Ivanov realçou que, em cumprimento de orientações das mais altas autoridades de Angola e da Rússia, estão a ser realizados trabalhos intensivos para o reforço da cooperação entre os dois países.
"Posso garantir aos nossos parceiros que vamos reforçar a cooperação na área produtiva, fazendo recurso às indústrias russas com tecnologias que podem ser implementadas no solo angolano com vista ao aumento de postos de trabalho e receitas fiscais", disse.
Para além da Endiama e da Alrosa, detentoras de oito porcento cada do capital social, a concessão mineira do Luaxe será participada maioritariamente pela Catoca, com 50,5 porcento, seguida pela Artcon com 23,3 porcento, pela Makakuima (5,2) e pela Kollur (5%).
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