Agência Panafricana de Notícias

Angola compromete-se com desenvolvimento partilhada, diz diplomata

Roma, Itália (PANA) - Angola está comprometida com o desenvolvimento partilhado, a justiça climática e a construção de uma África pacífica, próspera e integrada, declarou a embaixadora de Angola naquele país europeu, Josefa Correia Sacko.

A diplomata fez estas declarações terça-feira última, na capital italiana, por ocasião das comemorações do quinguagésimo aniversário da independência de Angola.

Nessa ocasião, Josefa Sacko reafirmou que “Angola tem o compromisso com a paz, unidade e democracia.”

“Angola é hoje uma nação reconciliada, consciente das suas responsabilidades regionais e determinada a enfrentar os desafios da crise económica global com coragem e criatividade”, regozijou-se.

Sublinhou que, apesar da conjuntura mundial complexa, o país continua empenhado no crescimento sustentado, através da promoção da diversificação da economia e reformas para tornar o seu mercado cada vez mais atrativo para investidores, com maior prioridade no investimento na agricultura familiar, na produção de cereais, leguminosas, frutas, hortícolas, café e cana-de-açúcar.

No tocante à solidariedade com outros povos africanos, a diplomata destacou a  liderança e mediação do país, que cumlinaram com a independência da Namíbia (9 de fevereiro de 1990) e  consolidaram o fim do regime do apartheid na África do Sul (1991).

“Angola desempenhou e continua a desempenhar um papel essencial na mediação dos conflitos na Região dos Grandes Lagos, afirmando-se como promotora da paz e do diálogo entre os povos. Ainda na arena internacional, Angola tem defendido com coerência os princípios da autodeterminação, da cooperação Sul-Sul e do multilateralismo”, frisou.

Fez saber que, enquanto atual Presidente da União Africana, Angola tem reiterado o seu compromisso com a reforma das instituições financeiras internacionais e com a criação de uma nova arquitetura financeira global, mais inclusiva e equitativa, que “responda às reais necessidades dos países em desenvolvimento.”

“Angola apoia firmemente a inclusão de um assento permanente, para um país africano, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, por uma representação mais justa do continente nas decisões globais que moldam o futuro da humanidade”, disse a embaixadora.

Para a também representante permanente de Angola junto das Agências das Nações Unidas em Roma, cinquenta anos depois da independência de Angola (11 de novembro de 1975), o país e a Itália mantêm altos níveis das relações de cooperação político-diplomática e económica em vários  domínios em que ambos têm memorandos de cooperação para a obtenção de benefícios recíprocos, nomeadamente na agricultura, educação, defesa, cultura, turismo, transportes, telecomunicações e comércio.

Sustentou que o projeto do Corredor de Lobito (litoral centro do país), desenvolvido em parceria com o Governo italiano, no âmbito do Plano Mattei (da Itália) para África e da iniciativa Global Gateway da União Europeia, são exemplos concretos de uma cooperação virada para o futuro.

A seu ver, trata-se de uma cooperação que liga povos, encurta distâncias e cria oportunidades para o crescimento partilhado.

Concluíndo, Josefa Sacko garantiu que o  país está profundamente empenhado na agenda global da segurança alimentar, contribuindo com a sua experiência africana e a sua visão de desenvolvimento inclusivo para o futuro da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), contando, como sempre, com o apoio e a confiança da comunidade internacional.

-0- PANA JA/DD 13novembro2025