PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Al Qaeda reivindica ataque a domicílio de ministro do Interior na Tunísia
Túnis, Tunísia (PANA) - O ataque mortífero perpetrado em finais de maio passado contra o domicílio do ministro tunisino do Interior, Lotfi Ben Jeddou, foi reivindicado sexta-feira pelo Al-Qaeda para o Magrebe Islâmico (AQMI), num comunicado divulgado na Internet.
Quatro polícias de 20 a 22 anos de idade que asseguravam a proteção do domicílio em Kasserine, uma cidade do centro-oeste tunisino situada perto da fronteira argelina, foram mortos a tiro por cerca de 15 assaltantes que fugiram depois do atentado.
O comunicado precisa que a operação foi levada a cabo por "uma brigada dos Leões de Kairouan" cuja missão era "decapitar o criminoso Lotfi Ben Jeddou" na sua casa". "Se o criminoso escapou dessa vez, não escapará na próxima", ameaçou o AQMI.
Segundo o comunicado, o ataque veio em reação à campanha de detenções visando "os nossos jovens cuja única culpa é apelar a Deus e desejar instaurar a charia", e às operações levadas a cabo pelo Exército tunisino contra "os nossos militantes" no Jebel Chaambi, um maciço limítrofe da Argélia.
O ataque é ainda justificado pelas medidas tomadas pelas autoridades tunisinas de proibir a organização "Ansar Al Shariaa" e de a ter classificado na lista das organizações terroristas "para satisfazer a cabeça da descrença, a América, e os generais corruptos argelinos".
Acusado de ser o instigador do ataque contra a Embaixada dos Estados Unidos em Túnis, em setembro de 2012, o chefe da Ansar Al Shariaa, Seifallah Ben Hassine, aliás Abu Iyadh, é objeto dum mandado de captura internacional. Segundo as autoridades, ele estaria em fuga na Líbia, mais precisamente na cidade de Derna, com vários dos seus tenentes.
O comunicado lança uma advertência aos "criminosos do Ministério do Interior para lhes informar de que, declarar uma guerra aberta contra o Islão e os seus apoiantes para contentar a América, França e a Argélia, vai custar-lhes caro".
É a primeira vez que o nebuloso grupo terrorista reivindica uma operação na Tunísia depois da revolução tunisina que desencadeou a "Primavera Árabe".
A destituição do regime do antigo Presidente Zine El Abidine Ben Ali ocasionou a emergência dum movimento jihadista radical, e engendrou confrontos violentos marcados nomeadamente pelo assassinato de dois dirigentes da oposição.
Além disso, dois supostos terroristas foram mortos durante confrontos armados que decorrem há vários dias na região de Jendouba (noroeste), entre as forças tunisinas e militantes jihadistas, anunciou o Ministério do Interior.
Confrontos decorreram episodicamente nesta zona do noroeste tunisino, considerada como um bastião dos jihadistas radicais.
-0- PANA BB/BEH/MAR/IZ 13junho2014
Quatro polícias de 20 a 22 anos de idade que asseguravam a proteção do domicílio em Kasserine, uma cidade do centro-oeste tunisino situada perto da fronteira argelina, foram mortos a tiro por cerca de 15 assaltantes que fugiram depois do atentado.
O comunicado precisa que a operação foi levada a cabo por "uma brigada dos Leões de Kairouan" cuja missão era "decapitar o criminoso Lotfi Ben Jeddou" na sua casa". "Se o criminoso escapou dessa vez, não escapará na próxima", ameaçou o AQMI.
Segundo o comunicado, o ataque veio em reação à campanha de detenções visando "os nossos jovens cuja única culpa é apelar a Deus e desejar instaurar a charia", e às operações levadas a cabo pelo Exército tunisino contra "os nossos militantes" no Jebel Chaambi, um maciço limítrofe da Argélia.
O ataque é ainda justificado pelas medidas tomadas pelas autoridades tunisinas de proibir a organização "Ansar Al Shariaa" e de a ter classificado na lista das organizações terroristas "para satisfazer a cabeça da descrença, a América, e os generais corruptos argelinos".
Acusado de ser o instigador do ataque contra a Embaixada dos Estados Unidos em Túnis, em setembro de 2012, o chefe da Ansar Al Shariaa, Seifallah Ben Hassine, aliás Abu Iyadh, é objeto dum mandado de captura internacional. Segundo as autoridades, ele estaria em fuga na Líbia, mais precisamente na cidade de Derna, com vários dos seus tenentes.
O comunicado lança uma advertência aos "criminosos do Ministério do Interior para lhes informar de que, declarar uma guerra aberta contra o Islão e os seus apoiantes para contentar a América, França e a Argélia, vai custar-lhes caro".
É a primeira vez que o nebuloso grupo terrorista reivindica uma operação na Tunísia depois da revolução tunisina que desencadeou a "Primavera Árabe".
A destituição do regime do antigo Presidente Zine El Abidine Ben Ali ocasionou a emergência dum movimento jihadista radical, e engendrou confrontos violentos marcados nomeadamente pelo assassinato de dois dirigentes da oposição.
Além disso, dois supostos terroristas foram mortos durante confrontos armados que decorrem há vários dias na região de Jendouba (noroeste), entre as forças tunisinas e militantes jihadistas, anunciou o Ministério do Interior.
Confrontos decorreram episodicamente nesta zona do noroeste tunisino, considerada como um bastião dos jihadistas radicais.
-0- PANA BB/BEH/MAR/IZ 13junho2014